O atendimento ao paciente agitado ou violento pode ser um desafio para o profissional de saúde. No entanto, quadros assim são comuns nos episódios de crise de transtornos psiquiátricos ou mesmo em alguns casos clínicos. Dessa maneira, torna-se fundamental que as equipes de clínicas e hospitais estejam preparadas para lidar com essa situação, conhecendo não só as características, mas as causas do comportamento agitado, bem como as melhores práticas para atender esse paciente. Assim, reunimos neste post algumas dicas para que você saiba lidar com o paciente agressivo durante o atendimento. Confira!
Pacientes com esse tipo de comportamento são, em geral, acompanhados por parentes ou autoridades — bombeiros e policiais. Neste último caso, nem sempre é possível obter muitas informações sobre o histórico clínico e psiquiátrico. Assim, deve-se identificar sinais que caracterizam o comportamento agitado, como inquietação motora, fala rápida, gemidos e agressividade, entre outros, ajudando a definir a conduta a ser adotada.
Quadros de agitação, irritabilidade e violência podem ser desencadeados por diversas causas, podendo ser associadas a questões clínicas, neurológicas ou psiquiátricas, dentre outras. Saiba mais:
De toda forma, independentemente da causa do comportamento caracterizado como agitado e violento, várias medidas podem ser tomadas para facilitar o atendimento e a relação com o paciente. O atendimento a um paciente nessas condições se caracteriza por intervenções não farmacológicas e farmacológicas. O manejo de um paciente agitado envolve a organização do ambiente e adequação da conduta e do comportamento dos profissionais de saúde envolvidos. Já o uso de medicação tem como objetivo controlar a situação, reduzindo os sintomas de agitação e agressividade, mas sem atitudes drásticas.
A instituição deve elaborar protocolos e rotinas que orientem como lidar nesses casos, recomendando algumas ações como a organização do ambiente e a eliminação de objetos que possam ser usados como armas. Além disso, tanto profissional quanto paciente devem ter a mesma facilidade de acesso à saída.
Do ponto de vista da conduta do profissional, é importante manter a calma, evitando realizar movimentos bruscos ou aumentar o tom da voz. Nesse primeiro contato é importante estabelecer uma relação de confiança com o paciente. Por isso, não deixe de fazer contato visual com ele, evitando ao máximo dar as costas ao paciente. Mantenha-se a uma distância segura — tanto para se resguardar quanto para que o mesmo não se sinta ameaçado.
Outro aspecto importante é entender a causa do problema. Como vimos, as causas podem ser diversas — o que influencia diretamente na conduta do caso e no tratamento. Assim, procure levantar o máximo de informações com os familiares e observar os sinais e os sintomas apresentados pelo paciente.
Como falamos, é importante manter uma distância. Porém, quando for necessário aproximar-se, faça isso com cautela. Comunique o paciente antes, verbalize suas ações para que ele não se assuste e, se possível, faça os movimentos de acordo com a sua anuência.
Em quadros desse tipo é fundamental contar com a ajuda da equipe: o atendimento nunca deve ser realizado por um único profissional. Além disso, o paciente agitado deve ser atendido o quanto antes, mesmo que isso desrespeite a ordem de chegada. Quanto antes for feita avaliação, menor será o risco de concretização da agressividade.
Ao recorrer ao manejo farmacológico, o objetivo é acalmar o paciente em pouco tempo, mas sem sedá-lo completamente, mantendo-o parcialmente responsivo. Antipsicóticos e benzodiazepínicos devem ser administrados em doses mínimas, preferencialmente por via oral ou inalados, conforme publicação referenciada em artigo do The World Journal of Biological Psychiatry.
Essa conduta só deve ser adotada quando houver indícios que a justifiquem, como ato violento contra si ou terceiros. Embora em lugares como o Reino Unido e a Holanda, haja contenção mecânica — faixas prendendo o paciente ao leito — porém, ainda não há normatização da prática no Brasil. Assim, devido ao risco de complicações severas, deve ser mantida pelo menor tempo possível, além de acompanhada pela enfermagem, com monitoramento dos sinais vitais.
Durante o estado de agitação e irritação, o paciente se coloca na defensiva. Em algumas situações ele pode ficar até paranoico — portanto, é importante não repreendê-lo, evitando o agravamento do quadro.
O controle do ambiente é fundamental. Pacientes com Alzheimer e Autismo, por exemplo, costumam reagir ao excesso de estímulos sonoros ou visuais. Quando possível, é interessante levar o paciente para um local mais reservado.
Em alguns casos, a simples presença do profissional de saúde usando jaleco causa pânico ao paciente — essa é uma reação muito comum, especialmente entre crianças. Assim, se possível, retire o jaleco durante o atendimento — ou, pelo menos, ao iniciar a consulta. Como vimos, o comportamento agitado e violento pode ter origem em diversos quadros clínicos e psiquiátricos, devendo ser encarado com muita cautela e atenção pelos profissionais de saúde envolvidos. De maneira geral, preconiza-se o atendimento humanizado como forma de evitar o manejo físico do paciente agitado. Medidas como a contenção e o isolamento são controversas e, com uma abordagem como a descrita aqui, é possível evitá-las, na maioria dos casos. Gostou deste artigo? Que tal seguir nossas páginas nas redes sociais para ficar por dentro de todas as nossas novidades e publicações? Estamos no Facebook, no Instagram e no Twitter! [rock-convert-cta id="62506"]
Categorias:carreira
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