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Todos os dias percebemos os impactos positivos das inovações tecnológicas na sociedade. E a presença da tecnologia na saúde é cada vez mais forte, trazendo benefícios como diagnósticos mais rápidos e modernos tratamentos para doenças. Números indicam quanto as áreas de tecnologia e saúde estão relacionadas: cerca de 9.000 aplicativos médicos estão disponíveis para os usuários de internet em âmbito global, e 72% dos internautas buscam informações sobre questões médicas. Mas a incorporação da tecnologia na medicina é um grande desafio. Se por um lado facilita a vida de profissionais e pacientes, por outro acaba encarecendo a assistência. A impressão 3D é uma das principais inovações. Descubra agora, neste artigo, como funciona essa tecnologia e como ela tem sido utilizada na medicina!
Esse tipo de tecnologia não é nenhuma novidade na medicina, pois foi criada na década de 1980. Sua principal aplicação estava na confecção de peças para a indústria automobilística, que criava protótipos dos produtos antes de autorizar a produção. Desde então, muitos outros tipos de produto têm sido criados a partir da impressão 3D, como roupas, armas, e até brinquedos. A impressão 3D é um equipamento que permite a impressão de praticamente qualquer item. Mas não se trata de imprimir em um pedaço de papel, e sim de construir um objeto inteiramente em formato 3D. Graças a essa tecnologia, próteses e réplicas de órgãos passaram a ser criadas. Personalizadas para cada pessoa, elas podem substituir membros perdidos, como pernas, nariz, e até mesmo ossos.
Para poder fazer a impressão, é necessário elaborar o desenho do produto com o auxílio de algum programa de computador ou scanner 3D. Após essa etapa, o produto é impresso, geralmente com material composto por polímeros de plástico. O aparelho imprime camada por camada de peças tridimensionais, como dedos, crânios ou dentes. A grande vantagem da técnica é a personalização. Porque, para criar alguma parte do corpo do paciente, são utilizadas imagens de ressonância magnética ou tomografia computadorizada, o que garante uma cópia idêntica. A ciência acredita que futuramente será possível utilizar células vivas como matéria-prima das peças, o que poderá eliminar as filas de espera para transplantes. A impressão 3D tem recebido cada vez mais investimentos. Só para o ano de 2018, há previsões de cerca de 4 bilhões de dólares em pesquisas.
Ainda novidade em alguns lugares do mundo, as próteses geradas pela impressão 3D logo se tornarão comuns na medicina. Sendo assim, confira alguns dos usos possíveis:
Existem grandes dificuldades quando o assunto é transplante de órgãos, como obter um doador compatível ou lidar com a possibilidade de rejeição do órgão. No entanto, as impressoras 3D podem acabar com esses problemas. O transplante funciona da seguinte maneira: células-tronco com fragmentos do órgão a ser reconstruído são misturados e depositados em uma forma de vidro, que tem o formato do tecido desejado. Tendo um “molde” como referência, as células começam um processo de reprodução para gerar a forma do órgão desejado. Não é incrível? Então, existe um mecanismo que pode acabar para sempre com a necessidade de doações em um futuro próximo.
As próteses são fundamentais para o processo de recuperação da autoestima. Elas possibilitam ao paciente realizar ações com mais facilidade, além de promoverem a reintegração social. É possível substituir mãos, pernas, braços e outras partes do corpo. O custo de uma prótese tradicional pode chegar a 40 mil reais. Já o valor de uma prótese feita em uma impressora 3D costuma ficar em torno de 700 reais. Além de apresentarem menor custo, as próteses de impressão 3D são mais realistas e leves.
A impressão 3D ajuda a reduzir os riscos de uma cirurgia. Com a criação de réplicas de órgãos, os médicos podem estudar todas as características anatômicas do paciente. Assim, analisando a estrutura de vários ângulos, é possível identificar detalhes da lesão a ser tratada e garantir maior precisão no tratamento.
Na Universidade Medical Center, na Holanda, cirurgiões tiveram sucesso ao substituir uma porção do crânio de uma jovem de 22 anos por um modelo em 3D, feito de plástico. A prótese substituiu com exatidão toda a parte danificada. A jovem possuía uma condição em que o osso do crânio aumentava de espessura com o tempo, o que representava sérios riscos à sua saúde no futuro.
Em outro caso, os médicos descobriram um tumor na parte esquerda do rosto de Eric Moger, de 60 anos. Foi preciso remover com urgência quase metade de sua face, inclusive o olho, mandíbula e ossos da bochecha. O paciente passou por várias cirurgias de reconstrução, no entanto, nenhuma foi bem sucedida. Anos depois, Andrew Dawood, um cirurgião especialista em próteses, utilizou a impressora 3D com a finalidade de construir uma prótese de reconstrução facial e preencher a região exposta de Eric. O procedimento teve bons resultados.
Outro caso conhecido é o de Kaiba Gionfriddo. A criança havia nascido com uma traqueia incapaz de se manter firme, gerando problemas de respiração. Então, a equipe médica criou uma prótese a partir de impressão 3D, que simulava o caminho de sua traqueia e brônquios. O procedimento foi um sucesso, e apenas 21 dias após a cirurgia o bebê já não precisava mais da ajuda de equipamentos para respirar. A presença da tecnologia na saúde se faz cada vez mais necessária. Os benefícios são inúmeros, e não podem ser ignorados: melhora na gestão hospitalar, rapidez no diagnóstico, promoção da qualidade de vida aos pacientes etc. Com ela, há menores chances de erros e escolhas ideais de tratamento para cada pessoa e tipo de patologia. Sem dúvida, o uso de impressão 3D é uma tendência com grandes possibilidades para o futuro. Então, se você gostou deste post, siga o nosso perfil nas redes sociais para acompanhar as atualizações sobre cursos e novidades da área da saúde. Estamos no Facebook, no Twitter e no Instagram. Até a próxima!
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