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Saiba mais sobre a área de enfermagem forense

Enfermagem forense auxilia a Justiça, prestando assistência nos mais variados tipos de violência; auxilia vítimas, famílias envolvidas e agressores

Saiba mais sobre a área de enfermagem forense

A área da Enfermagem costuma ser voltada a pessoas que têm, realmente, paixão pelo que fazem. Afinal, é para o cuidado ao outro, que estes profissionais dedicam seu tempo de estudo e a aplicação de sua ciência. Dentre as muitas vertentes do segmento, há aquelas que exigem desse profissional, talentos para as áreas de investigação, intermédio e detalhismo. A Enfermagem Forense é a confluência dessas habilidades. Assim como alguns se enveredam pelos caminhos da estética, outros o caminho da obstetrícia, existem os interessados em questões legais. Trata-se de uma área que relaciona as atribuições da enfermagem convencional com aspectos forenses. Por essa razão, ela é voltada à assistência de pessoas que sofreram ou causaram algum tipo de violência, mesmo que não tenham sobrevivido ao evento.

Como surgiu a enfermagem forense?

Tudo começou na década de 90, nos Estados Unidos. São de lá os primeiros registros da atuação desse profissional. A partir daí, ela chegou à Austrália, Canadá, Inglaterra, Japão, Peru, Coreia, Índia, Suécia e Itália, vindo ao Brasil apenas alguns anos mais tarde. Entretanto, o reconhecimento da profissão em nosso país só se deu em 2011, segundo Resolução nº 389, do Cofen (Conselho Federal de Enfermagem). Se levarmos em conta as proporções da violência que assola o nosso país, ainda são necessários muitos avanços no sentido do reconhecimento desse profissional.

O que faz, afinal, o enfermeiro forense?

Conforme dissemos, o enfermeiro forense trabalha para auxiliar a Justiça, prestando assistência nos mais variados tipos de violência. Isso inclui as vítimas, as famílias envolvidas e até mesmo os agressores. Trata-se de uma área de atuação na qual nunca se sabe, ao certo, o que vai acontecer, já que existem casos de violência bem peculiares. O enfermeiro forense lida com casos de abusos sexuais e maus tratos, investigações relacionadas a mortes, dá testemunho pericial, faz consultoria e, ainda, pode trabalhar no sistema carcerário, entre outras áreas correlatas. Cabe a ele mensurar as condições da ocorrência e zelar pela vítima, respeitando sempre seus direitos. Em casos de investigação de morte, ele serve como ponto de apoio à família das vítimas. E há, ainda, aqueles que atuam nas penitenciárias, para investigação de ocorrências criminais e apoio psicológico aos envolvidos. Como se pode ver, trata-se de um campo muito amplo, no qual as áreas envolvidas têm em comum tragédias ou casos de violência.

Além disso, essas situações costumam desencadear traumas físicos, psicológicos e sociais, que serão superados com a assistência desse profissional. Outros tipos de evento aos quais ele pode atuar são os desastres em massa e as ações humanitárias. Portanto, para atuar como enfermeiro forense, é necessário estar preparado para lidar com tudo isso.

Complexidade

Ainda pode ser que ele seja designado para recolher provas, prestar depoimento nos tribunais e operar sistemas legais de dados. Já que se trata de um ramo intermediado pelas Ciências da Saúde e a Legislação ao mesmo tempo, atuam também na área de atenção à saúde carcerária, investigação de mortes, preservação de vestígios e consultorias. Devido à complexidade da atuação na área, não é todo profissional formado em alguma ciência da saúde que pode se dedicar a ela. Caso não haja um bom preparo, a rotina pode acabar se tornando desgastante ou mesmo traumática. Pois se trata de uma convivência diária com situações nas quais houve algum tipo de violência, algumas até resultantes em morte. Um dos grandes desafios para a evolução da profissão no Brasil é a harmonização dela com as demais áreas envolvidas na perícia e na análise criminal. Já para o profissional, é importante manter a imparcialidade, baseando seus argumentos apenas no resultado de análises concretas. Além, claro, do preparo psicológico e emocional para lidar com a violência que ocorre todos os dias em nossa sociedade. [rock-convert-cta id="62485"]

Como se tornar enfermeiro forense?

Existem alguns caminhos acadêmicos que podem preparar o profissional para tornar-se enfermeiro forense.

Formação superior

A primeira formação necessária para ingressar na enfermagem forense é a graduação em Enfermagem. A partir daí, aproveitar os estágios nos serviços de saúde é uma forma eficaz de adquirir experiência na área. Isso porque esse tipo de ambiente costuma permitir que o profissional tenha contato com as mais diversas especialidades da enfermagem. Conviver com a enfermagem cirúrgica, obstetrícia, pediatria, cuidados críticos, psiquiatria e outras vertentes auxilia na hora de assumir um cargo de enfermeiro forense. A atuação junto ao sistema legal demanda esse tipo de preparação para as ocorrências da rotina do profissional.

Pós-graduação

Pode ser que, a essa hora, você já esteja se perguntando se existe uma pós-graduação específica para atuar na área. Porém, na hora de ingressar, ela não é exigida. Profissionais graduados em enfermagem e habilitados pelo COREN costumam ser aceitos nesse mercado. Entretanto, é possível ter um diferencial. O estado de Pernambuco foi o pioneiro neste segmento, e possui o curso de referência no País. Segundo o coordenador do curso, o enfermeiro Gilmar Júnior:

“O Brasil ganha muito com a Enfermagem Forense! Pois os Enfermeiros são profissionais muito dedicados, que desenvolveram em suas formações a habilidade da visão mais apurada e detalhada, anamneses minuciosas, escuta qualificada, além de uma intensa resolutividade. É uma área nova, com um mar de possibilidades e grandes perspectivas”.

Cursos complementares

Há, ainda, profissionais que optam por fazer cursos extras para a área. Essa atitude aumenta as possibilidades de ingressar nesse mercado. Uma vez admitido, você começará a traçar a sua trajetória profissional. Construir uma carreira como enfermeiro forense demanda muita dedicação e responsabilidade. Estar sempre atento às novidades da área é fundamental. Essa educação continuada pode ocorrer pela participação em eventos destinados a tal. Existem, atualmente, cursos livres, workshops e seminários que visam auxiliar enfermeiros forenses a manter-se sempre atualizados sobre as mudanças ocorridas em leis e prerrogativas, além dos avanços e inovações no campo.

Por que devo me tornar enfermeiro forense?

Se você está se perguntando por que deveria optar por seguir carreira nessa vertente, vamos apresentar, a seguir, as vantagens que ela oferece:

  • por tratar-se de uma área que tem evoluído muito rapidamente, a criação de postos de trabalho é praticamente contínua. Ou seja, opções de vagas não vão faltar;
  • existe uma grande variedade de cargos em que esse profissional pode atuar. Seu campo é amplo e vai desde o trabalho em conjunto com um advogado até mesmo a coleta de provas criminais;
  • a enfermagem forense é aberta a todos os profissionais de enfermagem, ao mesmo tempo que é uma área restrita para poucos. Teoricamente, qualquer pessoa formada em enfermagem e registrada junto ao Cofen pode exercê-la. Entretanto, na prática, lidar com situações que envolvem questões criminais demanda um preparo psicológico maior.

O mercado de trabalho de um enfermeiro forense, certamente, é muito mais novo do que o do profissional que atua em um hospital, por exemplo. Isso significa que, se você realmente se encontrar atuando na área, as possibilidades de ascensão profissional e de reconhecimento serão altas. Como se pode ver, a enfermagem forense é uma área promissora, mas que demanda um bom preparo e disposição para dedicar-se aos passos necessários. Ao final da caminhada, a satisfação profissional fará o caminho valer a pena. Se este post ajudou a esclarecer as suas dúvidas sobre a profissão, assine a nossa newsletter e descubra mais sobre as carreiras na área da saúde. [rock-convert-cta id="32376"]

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