Todas as cidades

Blog

Qual a importância do mapa de risco hospitalar?

Qual a importância do mapa de risco hospitalar?

Qual a importância do mapa de risco hospitalar?

O mapa de risco hospitalar consiste em uma representação gráfica. A partir dele, todos na entidade podem ter conhecimento e percepção da estrutura local. Dessa maneira, os profissionais que atuam na área podem se prevenir de perigos e qualquer tipo de acidentes.

Isso porque esse mecanismo auxilia na visualização e implantação de precauções em ambientes considerados de maior risco para profissional e paciente. Contudo, é preciso ter clareza de que o mapa de risco hospitalar é uma obrigação legal, e não um diferencial implementado.

Frente à importância do mapa de risco hospitalar, desenvolvemos este artigo para que você aprenda mais sobre esse recurso. Afinal, ele é considerado um dos meios mais efetivos de garantir a segurança do ambiente. Confira conosco e se aprofunde no assunto!

O que é mapa de risco hospitalar?

Conforme mencionado, o mapa de risco hospitalar representa visualmente uma região, assim como os tradicionais. Porém, em vez de evidenciar um território, o mapa de risco expõe as ameaças que o ambiente de trabalho na área de saúde pode apresentar.

Apesar do termo ‘’mapa’’, esse elemento lembra muito uma planta arquitetônica. Assim, são utilizados elementos gráficos como cores, círculos de variados tamanhos, legendas etc., para sinalizar os riscos. Tudo isso porque existe um conjunto de fatores que comprometem a saúde de trabalhadores e pacientes no ambiente laboral.

Isso é válido para hospitais, clínicas e consultórios, e o foco do artigo é falar dos riscos em áreas de saúde. Entretanto, outros ambientes laborais, como canteiros de obra, também podem ser arriscados e exigir esse documento. 

Esse instrumento é útil diante de um cenário de acidentes de trabalho elevados, com grandes perdas humanas e econômicas. Inclusive, o Brasil é o segundo país no ranking do G20 com maior número de óbitos em acidentes de trabalho. Os dados são apontados pelo Ministério Público do Trabalho.

Como surgiu o mapa de risco hospitalar?

Conforme acompanhado no último tópico, o ambiente laboral pode apresentar inúmeros perigos de acidentes de trabalho. Assim, algumas evidências sinalizam que o mapa de risco hospitalar surgiu com movimentos sindicais na Itália, na década de 1960.

Então, a importância de produzir instrumentos como esse e de preservar a saúde dos colaboradores se espalhou pelo mundo. No Brasil, a ideia do mapa de risco hospitalar surgiu em 1992. Dessa maneira, posteriormente, houve a obrigatoriedade de implementar esse instrumento, a partir da Portaria nº5.

Como visto, a regra é clara para todos ambientes laborais que apresentem riscos de acidentes. Esses fatores podem estar ligados a equipamentos, processos de trabalho e questões organizacionais, como jornada, técnicas, turnos, treinamentos, entre outros.

Nele, é possível conferir informações como planta baixa e círculos que correspondem ao tamanho e tipo de risco. Sendo assim, é uma ferramenta necessária para adotar medidas de segurança efetivas em qualquer empresa.

Qual a importância de um mapa de risco hospitalar?

Você já entendeu como surgiu o mapa de risco hospitalar no Brasil. Assim, é necessário ter a participação das pessoas expostas aos riscos e do Serviço Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT). A ferramenta tem, desde seu processo de elaboração, finalidades importantes. É o caso de: 

  • servir como alerta; 
  • ajudar no diagnóstico e conscientização dos funcionários presentes em ambiente hospitalar;
  • abordar questões de comportamento e postura diante do risco existente no espaço; 
  • elevar a produtividade da equipe de trabalho;
  • reduzir o número de ausências por doenças ou acidentes ocorridos no trabalho;
  • aumentar a segurança dos pacientes em ambientes hospitalares etc.

Isso contribui para desenvolver novas soluções e controlar as ameaças. Em outras palavras, o mapa de risco hospitalar beneficia tanto os colaboradores quanto os empregadores ou a gestão hospitalar. Afinal, eles passam a ter uma maior transparência e conscientização quanto aos cuidados necessários. Isso eleva a sensação de valorização profissional e segurança.

Naturalmente, os empregadores também ganham com a adequada implementação do mapa de risco hospitalar. Isso porque existe conformidade com as normas jurídicas, o que evita problemas legais, como o pagamento de multas. Ainda, é útil para potencializar a qualidade de vida e a segurança dos colaboradores.

Qual a função do mapa de risco?

Depois de entender a importância, saiba que o mapa de risco hospitalar favorece o treinamento dos profissionais para respeitar os perigos indicados. Logo, é possível aumentar a atenção e a cautela ao acessar locais que apresentam perigo elevado. Além de identificar riscos, esse instrumento contribui para a criação de soluções de segurança.

O mapa de risco hospitalar também permite que a instituição identifique pontos vulneráveis e tenha maior preocupação com pacientes e equipe. Ao fazer isso, ela fornece aos trabalhadores treinamento adequado e equipamentos de segurança que sejam próprios ao risco apresentado em determinado ambiente.

Quais são os objetivos do mapeamento de risco hospitalar?

O mapa de risco hospitalar tem diversas funções. Ao colocá-lo em prática, isso permite o alcance de alguns objetivos, como reduzir acidentes e danos à saúde de pacientes e funcionários em ambiente institucional.

O mapeamento possibilita o alcance desse objetivo, pois conscientiza a equipe multidisciplinar a buscar soluções para os problemas identificados. É o caso de enfermeiros, médicos, nutricionistas, fisioterapeutas, entre outros profissionais.

Conquistar o objetivo citado e garantir a saúde e a segurança dos pacientes e profissionais de saúde traz outros benefícios. Entre eles, a redução do período de internação e o absenteísmo (por parte do trabalhador). Isso beneficia pacientes, equipe e instituição.

Conscientização da equipe de trabalho

Para atingir o objetivo mencionado, o mapa deve estar exposto em um local acessível e de alta movimentação. Assim, a equipe de funcionários pode visualizar e relembrar as informações constantemente.

Como consequência, todos ganham maior conscientização dos perigos a que estão submetidos naquele local. Isso torna o trabalhador mais cauteloso diante das ameaças identificadas.

Como os riscos são indicados?

É importante que o mapa de risco hospitalar esteja bem representado. Por esse motivo, durante a elaboração, agentes de risco são diagnosticados e classificados em diferentes grupos. Assim, posteriormente, eles são apresentados no mapa de risco em formato de círculos coloridos. As diferentes ameaças são representadas utilizando as cores a seguir.

Verde

Esse grupo corresponde a riscos físicos, como calor, frio, ruído, vibração, umidade, pressões anormais, radiações ionizante e não ionizante.

Vermelho

A cor vermelha indica o grupo de risco de agentes químicos, em que estão relacionados gases, vapores, produtos químicos, poeira, substâncias compostas e outras substâncias que possam ser inaladas.

Marrom

O grupo marrom representa agentes biológicos, como vírus, bactérias, fungos, parasitas, protozoários e outros microrganismos que podem causar graves danos à saúde.

Amarelo

As ameaças ergonômicas são representadas pela cor amarela e relacionadas à organização. Seus agentes de risco são representados como levantamento de peso, longas jornadas laborais, turnos noturnos, esforço físico exacerbado e ritmo intenso.

Azul

O último grupo representa riscos de acidentes a partir de agentes, como ferramentas defeituosas, falta de equipamento de proteção individual (EPI), armazenamento inadequado, máquinas sem proteção, instalações elétricas debilitadas, iluminação inadequada e outros.

No mapa de risco hospitalar, as cores são apresentadas em círculos grandes, médios e pequenos. O tamanho de cada esfera determina a dimensão do risco no local, variando entre leve, moderado ou elevado.

Os círculos tornam a visualização do mapa mais clara, precisa e de fácil entendimento para todos. Caso ocorra alguma alteração na estrutura do ambiente, um novo mapa de riscos deve ser elaborado.

Como elaborar um mapa de risco hospitalar?

O tópico anterior ajudou você a entender como os riscos devem ser sinalizados no mapa para trazer mais segurança. Agora, é o momento de entender como colocar isso em prática. Assim, saiba que existem alguns passos recomendados, como:

  • avaliação do ambiente de trabalho: é o momento de mapear atividades exercidas, ambientes existentes, quantidade de trabalhadores e o perfil de cada um (idade, sexo etc.), instrumentos e materiais usados;
  • identificação de riscos segundo a classificação de segurança: é preciso levar em conta as ameaças de acordo com a classificação das cores já citada;
  • execução do mapa de risco hospitalar: a representação gráfica pode ocorrer em programas como Excel, PowerPoint, World etc., e vale a pena ter outras imagens como referências.

É importante ficar por dentro de como o mapa de risco hospitalar deve ser elaborado. Colocá-lo em prática fica a cargo da Cipa e do SESMT. Além disso, a empregadora também pode contratar empresas terceirizadas para executar o mapa de risco hospitalar. Para isso, a equipe deve ser especializada em Medicina e Segurança do Trabalho. Logo, o resultado pode ser mais eficiente e ficar pronto com mais rapidez.

O que é classificação de risco em urgências e emergências?

Saiba que a Classificação de Riscos em Unidades de Urgência e Emergência aprofunda essa questão. Isso porque ela tem como objetivo avaliar e identificar pacientes que precisam de atendimento prioritário, conforme gravidade clínica, risco à saúde e sofrimento.

Essa é outra ferramenta voltada para a saúde do paciente. Segundo ela, é necessário priorizar o atendimento após avaliação complexa realizada por um profissional adequado (enfermeiro ou médico).

Protocolo de Manchester

No Brasil, o principal modelo utilizado é o protocolo de Manchester, vigente desde 2008. Ele foi criado na Inglaterra, em 1996, e funciona ao classificar o paciente a partir de cinco níveis diferentes, baseados em cores. Isto é:

  • vermelho: alto risco de morte;
  • laranja: casos graves e com urgência;
  • amarelo: gravidade moderada;
  • verde: urgências menores;
  • azul: não urgência.

O protocolo de Manchester exige autorização do Grupo Brasileiro de Classificação de Risco (GBCR) ao certificar profissionais para colocá-lo em prática.

Acolhimento com Classificação de Riscos (ACCR)

Apesar de o protocolo Manchester ser o mais usual, o Acolhimento com Classificação de Riscos ampliou o olhar sobre o assunto. Isso porque a Política Nacional de Humanização do Ministério da Saúde estabeleceu o ACCR como ferramenta de humanização. Confira quais são os critérios de classificação utilizados por ele:

  • apresentação da doença;
  • sinais de alerta (desmaio, tipo de dor, febre alta, alteração cutânea, choque, desorientação etc.);
  • queixa principal;
  • avaliação inicial de pontos importantes (doenças preexistentes, idade, escala da dor, dificuldade de comunicação etc.);
  • reavaliação de cada caso constantemente, já que a classificação pode mudar.

O foco é determinar mudanças na maneira de atender aos pacientes que procuram serviços de saúde. Então, fica mais fácil acolher o cidadão e garantir a satisfação de suas necessidades

Acolhimento e Classificação de Risco em Urgência e Emergência (ACCRO)

Na área obstétrica, o acolhimento também começou a fazer parte da triagem. Logo, é possível tornar o período de atendimento da gestante mais humanizado. Tudo isso é baseado em evidências científicas e qualificação do profissional por meio do Curso de Extensão da Faculdade IDE

Trata-se do curso Acolhimento e Classificação de Riscos em Unidades de Urgência e Emergência. Ele está disponível nas cidades de Caruaru, Recife, Serra Talhada, Fortaleza e Garanhuns, sendo destinado a médicos, enfermeiros e graduandos de Enfermagem.

Assim, os interessados podem ter capacidade de atuar com ACCRO para promover um atendimento mais humanizado, de qualidade, resolutivo e holístico. Você consegue entender mais sobre o nosso curso de extensão a partir da grade curricular. Confira:

  • Rede Cegonha;
  • Política Nacional de Humanização e de Atenção às Urgências;
  • Acolhimento e Classificação de Risco nos serviços de Urgência e Emergência;
  • Política Nacional de Atenção Obstétrica e Neonatal;
  • Principais Urgências e Emergências Obstétricas;
  • Consulta de Enfermagem em Obstetrícia;
  • Exame Clínico e Obstétrico da Gestante;
  • Protocolo de Classificação de Risco em Obstetrícia;
  • Patologias mais comuns na Gestação e Parto.

Ao longo da leitura você pôde conhecer a importância do mapa de risco hospitalar na vida da equipe de trabalho e também dos pacientes. É fundamental que o profissional realize treinamentos periódicos para exercer suas funções com cautela e segurança em seu espaço de trabalho. Isso é benéfico tanto para ele quanto para o paciente e a instituição em que atua.

Gostou das informações do nosso guia sobre mapa de risco hospitalar? Aproveite a visita e acompanhe nosso post sobre segurança do paciente na área de saúde, e se aprofunde no assunto!

Comentários

Posts relacionados

TODOS OS POSTS