No Brasil, a estimativa é que existam cerca de 2 milhões de autistas. Uma das maiores dificuldades enfrentadas por alguém com TEA (Transtorno do Espectro do Autismo) é a comunicação. Essas pessoas precisam de ajuda para explicar e demonstrar o que está se passando em suas mentes. E as pistas visuais para trabalhar com autistas são excelentes opções para solucionar ou amenizar o quadro. Uma grande questão que envolve o autismo é a aprendizagem. Para estimular o ouvir e interpretar, é preciso criar estratégias capazes de melhorar esse aspecto. Em casa, mas também em escolas e consultórios de profissionais como fonoaudiólogos, nutricionistas, psicólogos e médicos pediatras. Por isso a importância de profissionais que atuam com indivíduos com autismo façam uma especialização na área. Uma estratégia que ajuda muito é a utilização das pistas visuais para trabalhar com autistas. Continue a leitura e saiba mais!
As pistas visuais são imagens que auxiliam na independência do indivíduo, um exemplo são as sequências de ações a serem realizadas, apresentadas na forma de desenhos claros e objetivos. Elas podem ser usadas, por exemplo, em atividades básicas de higiene da vida diária, como escovar os dentes, lavar as mãos, tomar banho, entre outras Para ensinar o autista a escovar os dentes sem a ajuda de um adulto, uma ideia é colocar no banheiro uma sequência de imagens, como um passo a passo, mostrando como se deve fazer isso. É preciso pegar a escova, colocar o creme dental, informar em quais partes da boca ela deve ser usada e, finalmente, indicar o momento de cuspir e enxaguar. No início, ainda é necessário que um adulto passe as instruções e realize os movimentos físicos das imagens com o indivíduo com Autismo. Mas esse apoio deve ser removido gradualmente, para oferecer maior independência para eles.
As imagens devem ficar nos locais onde a ação acontece: as fotos para escovar os dentes e lavar as mãos precisam ser coladas na parede da pia; as imagens relacionadas ao banho ficam no box ou na parede de dentro; as que indicam como trocar de roupa, no quarto — e assim por diante. O ideal é que, nos primeiros contatos da criança com a pista visual, um adulto vá pegando as imagens e mostrando-as para ela na sequência. Depois, ele deve ensiná-la a manusear as fotos ou apontar para cada uma de acordo com a próxima ação a ser feita. Uma ótima tática é nomear cada uma das imagens. Assim, fica mais fácil identificá-las e o processo se torna mais natural para os envolvidos.
As escolas também precisam se preparar para receber alunos autistas. Profissionais especialistas em Transtorno do Espectro do Autismo são importantes para ajudar na relação do autista com outros alunos e até mesmo para ajudar os pais. Os responsáveis podem montar uma pista visual mostrando a rotina do dia da criança naquele lugar, desde o horário que chega na escola até o momento de sair. Também é interessante criar pistas visuais de como ela pode chegar ao banheiro ou ir à cantina na hora do intervalo, por exemplo.
Consultas com profissionais de Saúde está fora da rotina da criança, portanto pode ser difícil para ela compreender porque está indo a esse lugar. Ao chegar lá, é importante que existam pistas visuais na parede mostrando desenhos da rotina interna. Coloque imagens do que a pessoa fará desde o momento em que entra no consultório até quando vai embora. É interessante sempre associá-las a ações positivas, como as crianças sorrindo.
É possível criar uma pista visual para, por exemplo, tornar a criança mais independente à medida que ela for crescendo. Isso ajuda a resolver tarefas mais complexas. Monte uma pista visual de como ela pode arrumar a mochila para ir à escola e como se preparar para isso. Coloque um passo a passo com tudo aquilo que tem de ser levado, uma imagem de cada vez, indicando os objetos que devem ir para dentro da mochila. [rock-convert-cta id="62491"]
Agora que você já sabe o que é uma pista visual para autistas, fica mais simples identificar os diversos benefícios que ela oferece para o dia a dia do portador de TEA e, também, de toda a família. A seguir, veja alguns dos mais importantes.
A criança pode ser ensinada a apontar para uma foto quando quer dizer alguma coisa. As imagens são físicas ou digitais (usando um smartphone, tablet ou outro dispositivo portátil) e podem ajudar o pequeno a pedir, perguntar, comentar e assim por diante. A criança pode indicar a imagem que representa o “eu quero”, por exemplo, e apontar para outra com um suco ou uma comida. Dessa forma, ela aprende a se comunicar e consegue obter o que deseja sem grandes dificuldades. Mas lembre-se de que o estímulo auditivo também faz parte do processo e deve ser dado pelo adulto, já que a ideia é ajudar na comunicação (e não de substituí-la pelas imagens).
Uma das maiores preocupações dos responsáveis é quanto à independência do portador de TEA. Adotando as pistas visuais e melhorando a comunicação, essa criança vai ficando mais independente com o passar do tempo, conseguindo fazer desde atividades simples, como as de higiene pessoal, até as mais complexas. Muitas crianças com TEA não têm a noção de sequência do tempo. Assim, elas não distinguem bem o que é manhã, tarde ou noite. Nesse caso, o quadro de rotinas pode ajudar bastante, pois mostra uma sequência de ações divididas entre os períodos do dia com desenhos.
A rotina é fundamental para a criança com autismo. Por isso, montar um quadro de rotina visual é importante. Nele, você deve colocar uma sequência do que precisa ser feito até o final do dia e, com o passar do tempo, resumindo e diminuindo as sequências. Caso haja um evento não corriqueiro em determinada semana, a imagem deve ser colocada no quadro com antecedência, para evitar transtornos ou comportamentos inadequados. Uma vez que esses comportamentos podem prejudicar a interação social e dificultam a formação de laços de amizade ou familiares. Mas eles podem ser melhorados com o uso de pistas visuais. Como podemos ver, usar pistas visuais para trabalhar com autistas possibilita melhorar significativamente não apenas a vida do portador de TEA, mas a de todos que convivem com ele. Por isso é tão importante a especialização na área para profissionais que trabalham diretamente com crianças, como pedagogos, psicólogos e outros profissionais de Saúde. Quer saber mais sobre como melhorar a vida do portador de autismo? Então, baixe nosso e-book gratuito sobre Plano de Atividades para Trabalhar com Autistas! [rock-convert-cta id="62526"]
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