O calendário é bastante colorido quando se fala de ações de conscientização em saúde. Quer um exemplo? Temos o Outubro Rosa para falar sobre o câncer de mama e o Novembro Azul sobre o câncer de próstata. Temos também o Dezembro Vermelho para lembrar a população da importância da prevenção contra a Aids (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida). Para explicar a importância dessa campanha, que vem para fechar o ano e colocar os holofotes na infecção por HIV, preparamos este post. Continue a leitura e compreenda como está o panorama da Aids no Brasil e no mundo e a necessidade de conversarmos sobre a doença!
A Aids é decorrente da infecção pelo vírus HIV, que ataca o sistema imunológico do organismo, especialmente os linfócitos T-CD4+. Houve um tempo em que falar sobre a doença deixava a população com muito medo: estamos nos referindo à década de 1980, período em que muitos famosos, como o cantor Cazuza, faleceram em decorrência da infecção. Com as campanhas focadas na prevenção, com o tempo, observou-se uma redução no número de casos de Aids. Somado a isso, tivemos os avanços na pesquisa sobre o HIV, mudanças na saúde no mundo, políticas públicas fortes e o desenvolvimento de fármacos mais efetivos — melhorando os tratamentos e a qualidade de vida dos pacientes. Contudo, apesar dessas boas notícias, não podemos negligenciar o risco dessa infecção. A geração mais jovem, que não teve contato com tantos noticiários sobre a mortalidade da doença, talvez acabe não dando tanta importância à Aids. Por isso, é importante colocar esse problema de saúde no Brasil em foco.
No país, entre os anos de 2010 a 2018, houve uma elevação de 21% de novos casos da doença de acordo com a Unaids, que é uma agência da ONU voltada para o HIV. No mesmo período, os novos casos da infecção no mundo tiveram uma queda de 16%. No planeta, em 2019, havia 38 milhões de pessoas vivendo com o HIV. Segundo o Ministério da Saúde, foram registrados 926.742 casos de Aids no país de 1980 a junho de 2018, sendo que, em 2017, foram detectados 37.791 casos. No período, a distribuição na transmissão foi de:
São dados que indicam que devemos ter uma preocupação com a doença e apoiar as campanhas de prevenção, como o Dezembro Vermelho.
O mês de dezembro foi escolhido para alertar a sociedade sobre a Aids e sua incidência no Brasil e no mundo. O objetivo é conscientizar as pessoas sobre a importância de ter o foco na prevenção — aliás, não apenas dessa doença, mas de outras que também são sexualmente transmissíveis. Esse movimento de saúde faz referência ao Dia Mundial de Luta contra a Aids, que é celebrado em 1º de dezembro em todo o mundo. A data foi criada em 1987 pela Assembleia Mundial de Saúde com apoio da ONU.
Além de destacar a importância do uso de preservativo em relações sexuais e do não compartilhamento de seringas ou instrumentos cortantes, a iniciativa tem o intuito de mostrar a necessidade de começar o tratamento antirretroviral o quanto antes, pois, assim, é possível elevar a sobrevida do paciente. Uma pesquisa apontou que 70% dos adultos e 87% das crianças que realizaram tratamento no Brasil e que detectaram a doença entre os anos de 2003 e 2007 tiveram uma sobrevida superior a 12 anos. Quando o país ainda não contava com as políticas públicas de combate à doença, essa taxa era de 5 anos. O que ocorre é que esse engajamento precoce ao tratamento junto ao cuidado de tomar a medicação como foi prescrita (sem interrupção) tem um ótimo resultado no organismo, visto que reduz a carga viral. Com isso, o paciente consegue viver melhor, sendo que, em muitos casos, o vírus torna-se até indetectável no corpo, impedindo a transmissão da doença.
Assim como as outras campanhas de saúde, o Dezembro Vermelho também tem um símbolo que é, justamente, um laço vermelho. Dessa forma, pode ser usado em diferentes materiais, como cartazes, banners, folders explicativos e outros, principalmente online (distribuídos via redes sociais) para chamar a atenção da população acerca da doença. O movimento é fundamental também para:
O Dezembro Vermelho é a oportunidade para debatermos sobre a Aids, uma doença que ainda existe, não tem cura, mas que apresenta um tratamento eficaz, disponibilizado gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Sabia que a taxa de mortalidade pelo HIV no Brasil passou de 5,7 óbitos por 100 mil habitantes em 2014 para 4,8 em 2017? Isso só foi possível com a garantia do tratamento para todos, ação que teve início em 2013, bem como um acesso maior à testagem e da diminuição do tempo entre o diagnóstico e o começo do tratamento. Desse modo, é essencial que cada vez mais pessoas estejam envolvidas nessa causa, sem constrangimento para falar sobre isso e, principalmente, sem discriminar quem vive com o HIV. Quem trabalha ou deseja trabalhar na área da saúde também deve participar desse movimento, conscientizando as pessoas sobre as medidas de prevenção e sobre a necessidade do diagnóstico e tratamento precoce da Aids. Aliás, isso deve ser feito não apenas em dezembro, mas durante o ano todo. A ideia é que a sociedade, especialmente os mais jovens, entendam como ocorre a transmissão do HIV e seus riscos para que possam se proteger. Com isso, poderemos criar uma corrente de conscientização visando reduzir os novos casos e, consequentemente, as mortes pela doença. Agora você já sabe como o Dezembro Vermelho é importante para refletirmos sobre a Aids e para alertar as pessoas sobre os perigos da doença, as medidas de prevenção e também sobre o tratamento. Participe você também dessa causa! E aí? Gostou de acompanhar essas informações? Então faça com que mais pessoas fiquem por dentro desse movimento de saúde: basta compartilhar este post em suas redes sociais!
Categorias:Institucional
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