De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde, 60,6% dos brasileiros priorizam alimentos gordurosos na alimentação, o que pode favorecer o aparecimento de doenças cardiovasculares, sobrepeso e uma baixa qualidade de vida. Esse hábito é um dos motivos pelo qual a nutrição clínica e hospitalar é uma área cada vez mais procurada.
Afinal, é especialmente por meio de uma alimentação saudável que as pessoas podem assegurar a saúde, ter mais disposição para as demandas diárias, ganhar massa muscular, atingir metas, além de objetivos ligados à estética, entre outros.
Para isso, o profissional de nutrição clínica e hospitalar, diferentemente do atendimento em ambulatório ou clínica, pode fazer uma intervenção emergencial e contar com uma equipe multidisciplinar, para melhores resultados.
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A nutrição clínica e hospitalar atua de acordo com o quadro clínico do paciente, que quando é mais grave, especialmente em casos de internação na UTI (Unidade de Terapia Intensiva), exige um atendimento diário ou a cada dois dias. Enquanto isso, outros casos podem requerer apenas um atendimento semanal mais completo, incluindo reavaliações do estado nutricional.
Conforme mencionado, essa área se difere do atendimento em ambulatório ou clínica, que costuma ter um intervalo de tempo maior no atendimento aos pacientes, com encontros mensais, trimestrais ou semestrais. Novamente, a frequência varia de acordo com a necessidade e aspecto nutricional do paciente.
A função geral do nutricionista é elaborar um diagnóstico e plano nutricional para uma pessoa, com base no estilo de vida, preferências alimentares e necessidades. Por exemplo, se o paciente apresentou deficiência de ferro nos exames, a dieta elaborada será rica nesse sal mineral, sem que isso desconsidere o paladar de cada um, para que a adaptação seja mais fácil.
No caso da especialização em nutrição clínica e hospitalar, normalmente, o profissional faz parte de uma equipe multidisciplinar, composta por médico, enfermeiro, fonoaudiólogo, psicólogo, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional e farmacêutico, com o intuito de melhorar as condições de saúde de um enfermo, por meio da elaboração de um cardápio nutricional ideal.
Apesar de ser a função mais lembrada, a montagem do cardápio não é a única atribuição desse profissional da saúde. Ele ainda é responsável por muitas outras tarefas de acordo com a Resolução 600/2018 do Conselho Federal de Nutrição (CFN), a citar:
Estabelecer e executar protocolos técnicos do serviço, segundo níveis de assistência nutricional, de acordo com a legislação vigente.
Elaborar o diagnóstico de nutrição.
Elaborar a prescrição dietética, com base nas diretrizes do diagnóstico de nutrição e considerando as interações drogas/nutrientes e nutrientes/nutrientes.
Registrar em prontuário dos clientes/pacientes/usuários a prescrição dietética e a evolução nutricional, de acordo com protocolos pré-estabelecidos pela Unidade de Nutrição e Dietética (UND).
Realizar orientação nutricional na alta dos clientes/pacientes/usuários, estendendo-a aos cuidadores, familiares ou responsáveis, quando couber.
Orientar e supervisionar a distribuição de dietas orais e enterais, verificando o percentual de aceitação, infusão e tolerância da dieta.
Solicitar exames laboratoriais necessários ao acompanhamento dietoterápico, de acordo com protocolos preestabelecidos pela Unidade de Nutrição e Dietética (UND).
Prescrever suplementos nutricionais, quando necessário.
Promover ações de educação alimentar e nutricional para clientes/pacientes/usuários, cuidadores, familiares ou responsáveis.
Realizar e divulgar estudos e pesquisas relacionados à sua área de atuação, promovendo o intercâmbio técnico-científico.
Integrar a Equipe Multiprofissional de Terapia Nutricional (EMTN), quando houver, conforme legislação vigente.
Interagir com a equipe multiprofissional, definindo com esta, sempre que pertinente, os procedimentos complementares à prescrição dietética.
Como o próprio nome sugere, a atuação em hospitais e clínicas é uma das possibilidades de trabalho do profissional. Porém, não é a única.
Além disso, as Unidades Básicas de Saúde (UBS) ganham muito com a presença do nutricionista hospitalar, por ajudar na democratização do acesso à saúde e construir campanhas nutricionais, especialmente, no desenvolvimento da infância, na gestação e durante a fase de amamentação. Isso pode ocorrer tanto na rede privada quanto na pública. Nessa última, costuma ser necessária a aprovação em concursos.
Outra possibilidade de atendimento para o nutricionista hospitalar é o home care, que consiste no atendimento a domicílio de pacientes enfermos, que, normalmente, não podem se deslocar ou preferem se tratar em casa. E ainda, em consultórios próprios, em clínicas de estética ou spa para ajudar no ganho ou redução de peso.
Como você pôde perceber, a equipe multidisciplinar é indispensável para que um paciente tenha um atendimento mais completo e eficiente. No comando dessa equipe, é preciso ter um médico especialista, que costuma ser da área de nutrologia, para cuidar da adequação nutricional.
Assim, existe uma demanda por nutricionistas hospitalares que, ao se especializarem na área, têm mais conhecimento para suprir essa demanda tão necessária, tanto no aspecto clínico quanto social e emocional.
A pós-graduação em nutrição clínica e hospitalar aumenta a rede de contatos do profissional e, consequentemente, sua capacidade de atuação, já que uma maior quantidade de pessoas pode conhecer os trabalhos dele e os benefícios para uma maior qualidade de vida.
E ainda, isso também é útil para que o profissional conquiste mais oportunidades de carreira e até seja convidado para trabalhar em locais renomados. Afinal, quanto mais qualificação, maior será o desenvolvimento no trabalho.
Isso também é útil ao elevar a capacidade representativa da profissão, que pode exigir uma quantidade maior de especialização em determinados locais para o atendimento, como é o caso de alguns ambientes clínicos e a coordenação de uma equipe multidisciplinar.
O profissional com especialidade precisou investir tempo e dinheiro na extensão da formação, o que é retornado no reconhecimento salarial, já que os pacientes e demais contratantes sentem mais confiança com os serviços e intervenções propostas.
Especialmente em quadros nutricionais mais graves, quanto mais rápido o paciente receber a terapia nutricional adequada, maiores as chances de sobrevida e melhora da qualidade de vida do indivíduo. E ainda, essa rapidez também proporciona mais segurança aos pacientes, seus familiares e sua equipe hospitalar, já que o profissional demonstrou expertise no assunto.
Como foi dito no início do artigo, a nutrição é uma área fundamental, considerando especialmente os hábitos pouco saudáveis da população. Assim, diversos nutricionistas se formam anualmente. Ao optar por uma especialização, como a nutrição clínica e hospitalar, você segmenta o trabalho, aumenta a vantagem competitiva e as chances de se tornar referência na área.
Pensando nisso, nós da Faculdade IDE temos o curso de Pós-Graduação em nutrição clínica e hospitalar em diferentes localidades do nordeste. A especialização tem uma carga horária que varia entre 360 a 440 horas, dependendo do local escolhido, duração de 18 ou 22 meses e um corpo docente altamente qualificado e experiente para o seu melhor preparo.
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Categorias:nutrição
Tags: nutrição, nutrição clínica e hospitalar, nutrição hospitalar
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