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Novembro Azul: O câncer de próstata e a atuação do farmacêutico oncológico

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Novembro Azul: O câncer de próstata e a atuação do farmacêutico oncológico

O processo de surgimento do câncer não tem uma causa única, porém é uma combinação de diversos fatores externos e internos.

Quando falamos do câncer de próstata aproximadamente 80% dos casos estão relacionados a maus hábitos e causas externas tais como o alto consumo de produtos químicos, dieta contendo em excesso alguns tipos de alimentos que podem ser prejudiciais, além do ambiente social e cultural, que aliados a causas de origem internas como hormônios desregulados e condições imunológicas afetadas, são fatores que aumentam as chances do surgimento do câncer, afinal a estimativa é de que apenas entre 10 a 20% das causas do câncer terem como principais causadores as  características genéticas como alterações dos genes BRCA 1 e 2.

O câncer de próstata de acordo com dados estatísticos do Instituto Nacional do Câncer (INCA) é o tipo mais frequente na população masculina (à exceção do câncer de pele não melanoma) e a quinta principal causa de morte em todo o mundo. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a estratégia do diagnóstico precoce contribui para a redução do estágio de apresentação do câncer e neste contexto a equipe multiprofissional precisa estar alerta quanto aos sinais e sintomas mais comuns: alteração na frequência e padrões urinários, hematúria visível e disfunção erétil são relatados aos mesmos.

A estimativa é que surjam para cada ano do triênio 2020-2022, 65 mil novos casos de câncer de próstata e desta forma o profissional farmacêutico oncológico é um importante aliado à equipe multiprofissional em promover uma maior adesão ao tratamento pelo paciente melhorando a sua experiência de cuidado e a sua qualidade de vida.

Qual o papel do Farmacêutico Oncológico no combate ao câncer?

O farmacêutico oncológico está inserido no processo de educação dos demais profissionais e ativamente junto à comunidade, pacientes e familiares no que chamamos prevenção primária (orientação sobre hábitos saudáveis), prevenção secundária (orientação sobre exames para detecção precoce e rastreamento), e por conhecer a respeito da eficácia, segurança e farmacologia dos medicamentos atuará ao longo da jornada dos pacientes que também já possuem o diagnóstico confirmado.

Conforme legislações vigentes - RDC nº 220, de 21 de setembro de 2004, Resolução nº 585, de agosto de 2013 e a Resolução nº 640, de 17 de abril de 2017 o farmacêutico oncológico poderá exercer atividades nos processos de:

Validação da prescrição médica assegurando redução de impacto das interações e incompatibilidades medicamentosas, avaliação da dose conforme condições clínicas do paciente e auxiliando na seleção da terapia de suporte;

Preparo dos Medicamentos Oncológicos garantindo as boas práticas de manipulação;

Farmácia clínica orientando o uso correto do medicamento principalmente terapias orais que demandam um cuidado domiciliar, minimização dos efeitos colaterais, e reporte de eventos adversos aos órgãos competentes (farmacovigilância).

Como se prevenir do câncer de próstata?

Homens que sofrem com problemas de  obesidade, tabagismo, consumo excessivo de álcool, exposição solar prolongada sem proteção e infecção pelo vírus HPV estão entre os mais propensos à doença de acordo com o INCA, os fatores de risco para a doença que normalmente acomete homens com mais de 40 anos de idade.

Por isto, recomenda-se que sejam feitos os exames regulares a partir desta idade, procurando sempre um acompanhamento profissional, além de buscar manter um padrão de vida mais regulado e saudável, praticando atividades físicas, alimentando-se bem e cuidando do corpo e da saúde

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