Mais conhecida pela sigla ABA (Applied Behavior Analysis), a Análise Comportamental Aplicada é uma área da pesquisa científica que envolve o comportamento humano em diversos contextos. A terapia ABA é bastante utilizada, por exemplo, no tratamento de pacientes autistas demonstrando excelentes resultados para esse público. Em qualquer situação em que houver comportamento humano, a terapia ABA pode ser frutífera em termos de análise clínica. Vale lembrar que a ABA é debatida por cientistas há mais de 50 anos, portanto, tem grande consistência teórica e prática. Neste post, falaremos mais a respeito desta ciência. Confira!
A terapia ABA trata-se de uma área de investigação dinâmica e que evolui constantemente, na medida em que novos princípios do comportamento humano são evidenciados nas pesquisas científicas da Psicologia. Uma das peças-chave desse conceito é o processo de aprendizagem, por isso, a ABA é amplamente utilizada no tratamento de pacientes no espectro autista. Como sabemos, esse diagnóstico baseia-se em déficits de atenção e excessos comportamentais, como a ausência de comunicação. Na terapia ABA, é possível desenvolver planos de ensino mais eficazes em relação às características do transtorno e conforme as particularidades de cada caso. Para tanto, são necessárias algumas estratégias específicas para desenvolver práticas comportamentais mais saudáveis.
Em linhas gerais, o principal objetivo da terapia ABA é reduzir comportamentos inadequados e ensinar novas habilidades. Entre os objetivos mais específicos, podemos destacar:
É importante ressaltar que não há um planejamento único de ações na ABA. Os profissionais que aplicam essa intervenção precisam adaptar o programa às necessidades de cada paciente, de acordo com os comportamentos que deverão ser estimulados ou reduzidos. A intervenção é bastante flexível e pode, inclusive, ser aplicado em grupo. A execução ocorre tanto no ambiente clínico quanto na casa ou escola dos pacientes.
A aplicação da terapia ABA exige algumas etapas características que favorecem a experiência do profissional e, ao mesmo tempo, a assimilação da intervenção pelos pacientes. Em seguida, detalharemos cada uma dessas etapas.
O primeiro passo do profissional é definir os objetivos do tratamento (de acordo com o quadro clínico de cada paciente) e, então, estabelecer o programa de ensino. Essa etapa inicial demanda uma avaliação rigorosa do contexto dos pacientes, considerando-se também o núcleo familiar. Após essa análise, o profissional traçará as metas de aprendizagem. Por exemplo:
Para cada objetivo proposto, o profissional definirá estratégias de alcance, que poderão ser readaptadas conforme o andamento do processo. Estruturar uma rotina baseada em horários também é fundamental durante a aplicação da ABA, de modo que o paciente portador de autismo se sinta mais confortável e seguro ao longo das tarefas, como na hora do café, do almoço, do banho, de fazer a lição etc.
A aplicação da terapia ABA em si depende de um fator crucial: a intensidade. Caso a terapia não seja suficientemente intensiva, o paciente pode não apresentar os resultados desejados. Normalmente, são necessárias muitas horas de prática diária, a qual pode ser conduzida por um terapeuta especialista ou por um assistente que tenha o treinamento adequado. Contudo, vale salientar que o processo de avaliação dos resultados, a readaptação dos objetivos e a proposição de novas estratégias devem ficar a cargo do especialista. Outro ponto importante é a participação dos pais ao longo do percurso. Transparência é essencial, ou seja, os pais precisam ser informados sobre o planejamento e, sobretudo, sobre como a criança está respondendo às intervenções.
Dando sequência à linha de raciocínio, o envolvimento familiar é essencial não só do ponto de vista do acompanhamento da criança, mas também para que a família aprenda como reduzir comportamentos excessivos e sintomas típicos. É dever do profissional envolver todos os membros familiares na terapia ABA, de modo que eles reforcem em casa as estratégias que vêm sendo desenvolvidas no tratamento. Quanto às interações entre paciente e profissional, este deverá praticar constantemente o reforço positivo. Essa é uma das linhas de frente no tratamento de autistas, na qual se valoriza o esforço do paciente que cumpriu a proposta. Por exemplo: se a criança apresenta uma habilidade nova, cabe ao profissional reforçar aquela atitude.
O processo de avaliação na terapia ABA geralmente ocorre uma vez por ano. Embora diversas avaliações venham ocorrendo ao longo do tratamento, essa análise anual envolve um contexto mais amplo, de modo a identificar eventuais pontos de falhas e, assim, adaptar o planejamento. Essa etapa não deve ser subestimada, afinal, é esse momento que permite mensurar a fundo quais avanços foram mais significativos.
Lendo até aqui, você certamente já percebeu que a aplicação da terapia ABA demanda muita expertise e responsabilidade social. Portanto, ter uma formação adequada é imprescindível para garantir a qualidade e a segurança dos atendimentos. A Faculdade IDE é uma opção de referência para profissionais que desejam se especializar e fazer uma atualização na área da saúde. Na pós em Transtorno do Espectro do Autismo o aluno terá a oportunidade de aliar teoria e prática no estudo das diferentes áreas relacionadas ao Autismo, a partir do conhecimento de profissionais renomados e experientes nas intervenções comportamentais da terapia ABA, TEACCH e PECS. Se você quer se especializar com quem entende do assunto, conte conosco nesta missão. Conheça a pós em Transtorno do Espectro do Autismo da Faculdade IDE e seja você também uma referência na área!
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Tags: autismo, TEA, Transtorno do Espectro Autista, ABA, Intervenção ABA
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