Atendimentos médicos e tratamentos não urgentes precisaram ser adiados por causa da rápida propagação do novo coronavírus. Mas existem alguns casos em que o acompanhamento profissional não pôde ser pausado, como são os pacientes de home care. Esse tipo de intervenção se trata da internação domiciliar, em que o paciente dá continuidade aos cuidados iniciados no hospital, em sua própria residência. Isso acontece com a ajuda de profissionais da saúde, recebendo toda a atenção que precisa e cuidados como os ministrados no ambiente hospitalar. Mas neste período de pandemia é necessário que esses pacientes tomem algumas precauções.
Uma das preocupações é por se tratarem, na maioria dos casos, de pessoas que já estão fragilizadas.
“O home care passa a ser uma opção por não termos na rede hospitalar o suporte para todos. Sendo uma opção não apenas dos idosos, mas para crianças e adultos. Passou a ser uma alternativa para todos os pacientes estáveis. Principalmente para os que além de reduzir o risco de infeções, tem a vantagem de se recuperar no aconchego do lar e perto dos familiares.”
Revela a enfermeira Janaína Morais, professora do MBA em Assistência Domiciliar e Gestão de Home Care, da Faculdade IDE.
“A atenção domiciliar se divide em dois serviços basicamente. O Internamento Domiciliar- ID, que são os pacientes que necessitam de cuidados de enfermagem por 6, 12 ou 24h. Através de uma escala chamada NEAD, a equipe classifica a real necessidade do paciente. Nesse caso temos os pacientes: sequelados, portadores de doenças degenerativas, em paliação, entre outros. E, em Assistência Domiciliar-AD, são os pacientes que precisam de algum procedimento pontual ou necessidade de serviços. Tais como: administração de antibióticos, medicações, realização de curativos, cateterismo intermitente, treinamento do cuidador, fisioterapia, fonoterapia, enfermeiro.”
Explica a enfermeira Janaína Morais.
Mas para continuar recebendo essas visitas, algumas mudanças são necessárias para minimizar os riscos de contaminação, principalmente por muitos pertencerem ao grupo de risco.
“Tivemos que redobrar os cuidados com o intuito de minimizar o risco de contaminação dos pacientes. Para isso foi preciso criar um comitê COVID, para o desenvolvimento estratégico de protocolos, plano de ação e de contingência. O mesmo foi composto por alguns gestores administrativos, a gestão médica, gestão de enfermagem, comercial, diretoria e jurídico.”
Conta a professora do MBA em Home Care, sobre as ações que precisaram ser tomadas.
Esses procedimentos são importantes para que o home care continue trazendo mais segurança com o que diz respeito as mais diversas contaminações hospitalares. Mas ainda assim é preciso tomar alguns cuidados com aqueles que precisam desse acompanhamento.
“É mais seguro devido a um fluxo de pacientes menor que no ambiente hospitalar. Porém temos que manter todas as precauções de um hospital devido a circulação dos profissionais no domicilio.”
Orienta Janaína.
Seguir as determinações são primordiais para que alguns procedimentos possam ter continuidade, como é o caso das sessões de fisioterapia.
“Pacientes com necessidade de realizar o serviço de fisioterapia, têm já alguma necessidade de reabilitação ou déficit, a suspensão completa pode trazer danos ao paciente. A orientação é que permaneça, porém com menores quantidades de sessões. Pois a suspensão completa pode causar maior debilidade pulmonar, deixando o mesmo mais propício às complicações respiratórias e motoras.”
Esclarece a enfermeira Janaína Morais.
A família também é primordial neste momento de pandemia, pois deve seguir as prescrições para minimizar os riscos de contaminação.
“A orientação primordial é reduzir o fluxo de pessoas no domicílio e seguir as orientações de cuidados e higienização. O paciente precisa ter uso individual de um quarto e caso alguém da família apresente sintomas gripais, o mesmo não pode transitar próximo ao paciente.”
Explica Janaina.
“Para que possamos de uma maneira mais rápida disseminar as informações, optamos em realizar informativos e vídeos educativos através de um aplicativo. Foi criado o telemonitoramento, formado por uma equipe de enfermeiros e médicos com o intuito de organizar todo o acompanhamento de profissionais e pacientes acometidos ou com suspeita da Covid-19. Iniciamos através desse serviço alguns atendimentos da equipe médica, nutrição, psicologia entre outros. E acompanhamos através do prontuário eletrônico a evolução clinica desse paciente, com ferramentas que nos sinalizam precocemente quando o paciente está em declínio do estado geral.”
Explica Janaína.
Ela ainda listou algumas medidas que devem ser executadas pelos profissionais que precisam ir até a residência do paciente:
Podem oferecer assistência em home care: enfermeiros, fisioterapeutas, médicos, dentistas, fonoaudiólogos, assistentes sociais, farmacêuticos, educadores físicos e nutricionista. Para a enfermeira Janaína Morais, se especializar nesta área é ter mais uma forma de desempenhar suas funções.
“O profissional tem com isso mais uma possibilidade de trabalho, onde a qualificação é primordial, buscando as melhores práticas e técnicas seguras.”
Finaliza Janaina.
Neste post você conheceu a importância do Home Care, especialmente no momento em que estamos vivendo atualmente devido a pandemia da COVID-19. Então se você deseja conhecer melhor este curso, clique aqui e conheça melhor o MBA em Assistência Domiciliar e Gestão de Home Care.
Maíra Passos
Assessora de Imprensa
Faculdade IDE
Categorias:fisioterapia, enfermagem, farmácia, educação física, medicina, nutrição, multiprofissional
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