Em 26 de abril acontece campanha nacionalmente sobre hipertensão arterial, diante disso coordenadores dão dicas sobre como prevenir e controlar. Para a nutricionista Roberta Morgana, coordenadora do núcleo de pós-graduação em nutrição da Faculdade IDE, uma dieta equilibrada é sinônimo de vida saudável. Além de ajudar a prevenir, entre outras doenças crônicas não transmissíveis, a hipertensão. Das dicas para prevenir a pressão alta, é bom evitar comidas industrializadas, processadas, embutidos, enlatados e muito condimentadas. Sempre preferir por alimentos naturais, frutas, verduras, grãos e proteínas magras.
A pressão alta atinge um em cada três brasileiros adultos, segundo a Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH). Com o objetivo de fazer um alerta, o dia 26 de abril, neste domingo, é o “Dia nacional de prevenção e combate à hipertensão arterial”. Quem possui pressão elevada tem maiores riscos de desenvolver doenças cardiovasculares, nos rins e cérebro. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a hipertensão arterial, mundialmente, é responsável por 45% dos ataques cardíacos e 51% dos acidentes vasculares cerebrais. Além disso, a hipertensão é apontada pela comunidade médica como uma comorbidade que aumenta o risco da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. Mas hábitos simples podem ajudar a controlar e até prevenir que a pessoa venha a sofrer com a pressão alta. Como por exemplo, a prática regular de atividade física e uma alimentação balanceada. E isso é possível, até mesmo em tempos de isolamento.
Atenção especial também com o excesso de sal. De acordo com a nutricionista, ele é considerado um dos fatores importantes no desenvolvimento e na intensidade da hipertensão arterial. “Na nossa sociedade, o sal é consumido de forma exagerada chegando a dados de até 12 gramas por dia, muito acima das nossas necessidades, motivo pelo qual ele é, atualmente, considerado um dos fatores de risco. Assim, a restrição do sódio é positiva na redução da mortalidade por acidente vascular encefálico e regressão da hipertrofia ventricular esquerda, que é o aumento da musculatura do ventrículo esquerdo do coração”. Importante também ficar atento aos rótulos dos alimentos, pois a maioria dos produtos industrializados contêm um alto teor de sódio.
“Na indústria alimentícia, o sódio é usado como conservante para os alimentos industrializados, até mesmo para aqueles que a população entende como produtos doces, como bolos e biscoitos. Então, os rótulos precisam ser analisados com bastante atenção. A dica é comparar os produtos do mesmo seguimento e optar pelos que possuírem um menor teor de sódio”, orienta a professora de pós-graduação em nutrição da Faculdade IDE.
Mas o sal não é “o vilão” e não se deve cortá-lo do cardápio, pois ele também tem sua importância para o bom funcionamento do organismo. “Um trabalho na Revista Lancet, em 2016, mostrou que uma redução abaixo de 2,3 gramas de sal em pessoas com pressão normal pode prejudicar a saúde. Pois eleva os níveis de hormônios reguladores do sal, hormônios do estresse e lipídios. Ou seja, tudo é uma questão de equilíbrio e avaliado de pessoa a pessoa”, esclarece a professora de nutrição Roberta Morgana. Para uma boa parceria com o sal, a recomendação é de que a dieta diária tenha, no máximo, 2 gramas sal e cerca de 4,8 gramas de potássio.
Além pegar leve no sal e manter uma alimentação equilibrada, a prática de atividade física regular é uma grande aliada para prevenir e combater a hipertensão arterial. Segundo o coordenador e professor do núcleo de pós-graduação em educação física da Faculdade IDE, Rafael Ritti, o exercício físico ajuda porque é capaz de reduzir o estresse cardíaco. Dessa maneira, tornando o coração mais eficiente, e aumentar a capacidade vasodilatadora, que seria a redução da resistência que o sangue causa ao passar pela artéria.
Mas ele lembra que para "fazer efeito", a atividade tem que ser feita regularmente. “Todos os dias, preferencialmente. Atualmente, recomenda-se um mínimo de 150 minutos de atividade física de intensidade moderada por semana. No entanto, pessoas que não conseguem atingir tais recomendações, devem ser ativos fisicamente o quanto conseguirem. O importante é se movimentar”, explica. Rafael conta que todos os exercícios físicos ajudam no combate à hipertensão arterial. Mas “sociedades nacionais e internacionais de cardiologia e hipertensão, baseado em estudos de grande relevância, recomendam a prática de exercícios aeróbicos complementados com treinamento de força”.
Quem já tem pressão alta, o professor de educação física da Faculdade IDE orienta que todo portador de alguma doença crônica deve ter cautela. “Em especial com os hipertensos, os mesmos devem iniciar a prática do exercício quando valores de pressão arterial estiverem controlados. Ou seja, pressão sistólica abaixo de 160 mmHg e a diastólica abaixo de 100 mmHg. Outro ponto importante é que o exercício deve ser realizado apenas quando o paciente estiver em uso de medicamentos anti-hipertensivos”, comenta Rafael.
Em relação ao exercício, sabe-se que quanto maior a intensidade, maior é o risco de ocorrer algum problema cardiovascular durante ou logo após a prática. “Logo, deve-se evitar esse tipo de exercício de alto impacto. Pessoas com hipertensão associada a outras doenças, como diabetes e obesidade, e não fazem atividade física ou tenham idade acima de 45 anos, devem passar por um cardiologista para realizar um teste ergométrico e para saber se estão ‘liberados’ para se exercitar e não correr riscos”, recomenda o profissional de educação física Rafael Ritti.
Com o cenário atual, quando as academias de ginásticas, ginásios esportivos e outros espaços públicos estão fechados, “a preocupação é que as pessoas fiquem inativas". Diz o professor de Educação Física da Faculdade IDE. Quem tem acesso à internet, o professor lembra que a realização de atividades físicas sob supervisão de um profissional de Educação Física online é permitida. “E quem tem possibilidade de contratar um personal trainer – preferencialmente virtual, neste momento –, poderá ter melhores resultados. Além de maior variedade de exercícios, deixando as atividades mais efetivas e motivantes”, explica.
Inclusive, algumas academias já contam com aplicativos para realização de exercícios à distância e há iniciativas públicas também. Ao acompanhar instruções de exercícios online, importante que essa prescrição seja de profissionais de Educação Física capacitados e não consumir qualquer conteúdo de atividade física por pessoas não especializada. Entre as dicas, é se mexer dentro do seu limite, sem sobrecarregar o corpo. “Dentro de casa, é possível fazer caminhadas, subir escadas, sentar e levantar, por exemplo. Vale lembrar que a faxina de casa, também é uma forma de atividade física”, conta o professor e coordenador do núcleo de educação física da Faculdade IDE, Raphael Ritti.
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Maíra Passos
Assessora de Imprensa
Faculdade IDE
Categorias:educação física, nutrição
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