Todas as cidades

Blog

Fisioterapia e pandemia: entenda a recuperação de quem teve Covid-19

Quer saber mais sobre a relação entre fisioterapia e pandemia? Acompanhe o artigo e entenda como é o trabalho do fisioterapeuta na recuperação de pacientes.

Fisioterapia e pandemia: entenda a recuperação de quem teve Covid-19

Existe uma forte relação entre Fisioterapia e pandemia. Isso porque as habilidades do fisioterapeuta são fundamentais para o tratamento e a recuperação de pacientes que tiveram Covid-19 (Coronavírus ou Sars-Cov 2), e é sobre isso que gostaríamos de falar do tema neste post.

O profissional da Fisioterapia exerce um importante papel no combate ao novo coronavírus, sendo necessário desde a entrada do paciente no hospital até os casos de internação nas unidades de terapia intensiva, podendo ajudar também no pós-tratamento.

Tem interesse em saber mais sobre o papel do fisioterapeuta na pandemia? Então, acompanhe o artigo e entenda como é o trabalho desse profissional na recuperação de quem teve Covid-19.

Como é o trabalho do fisioterapeuta na recuperação de pacientes com Covid-19?

O coronavírus  age de várias maneiras em cada organismo, podendo se manifestar de forma mais leve ou intensa nas pessoas. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) 2021, uma em cada seis pessoas infectadas pela Covid-19 fica doente na forma grave e desenvolve dificuldade de respirar, sendo as pessoas idosas e as que têm comorbidades como pressão alta, problemas cardíacos e do pulmão, diabetes ou câncer, as que têm maior risco.

A indicação ao acompanhamento fisioterapêutico aos pacientes com suspeita ou com reinfecção pelo vírus deve ser criteriosa, por isso, cabe ao profissional uma avaliação minuciosa para identificação do diagnóstico, que deverá observar se existem distúrbios de movimento, comprometimentos da função cardiovascular, respiratória, locomotora, bem como as limitações para realização das transferências e locomoção. 

Contudo, o sistema respiratório é o principal alvo desse patógeno, sendo a ação primordial dos profissionais da saúde direcionar-se para a reabilitação da função pulmonar e a prevenção de complicações mais graves nos órgãos.

Além do mais, como a ação do vírus é sistêmica, podendo atingir vários outros sistemas do organismo, a atenção ao paciente é individualizada e realizada de forma global. Assim, é necessário variar a abordagem terapêutica de acordo com as necessidades e o quadro de cada pessoa, utilizando diversos procedimentos e reavaliando-os conforme se dá a evolução da doença. 

Todo esse trabalho, somado à necessidade constante de prestar muita atenção em cada procedimento para evitar a contaminação pelo coronavírus, faz parte do dia a dia dos profissionais de saúde que atuam na linha de frente na recuperação de pacientes com Covid-19. 

O fisioterapeuta é um membro indispensável para as equipes responsáveis pela área de cuidados com o novo coronavírus. A seguir, veja algumas das funções desse profissional.

Atenuação de sintomas respiratórios

A Fisioterapia pode ser benéfica no tratamento respiratório e na reabilitação de pacientes com COVID-19, cujo seu papel primordial é melhorar o funcionamento respiratório e físico do paciente, objetivando aliviar os sintomas e aumentar as atividades funcionais dos indivíduos.

Fisioterapeutas que atuam em Unidades de Terapia Intensiva (UTI), por exemplo, podem fornecer técnicas de higiene brônquica, auxiliando na remoção de secreção pulmonar de pacientes em uso de ventilação mecânica ou entubados, além de poderem auxiliar no posicionamento funcional daqueles com insuficiência respiratória grave, incluindo o uso da posição prona, bastante recomendada para otimizar a oxigenação arterial. Tudo vai depender do quadro apresentado pelo paciente.

Logo, a área da Fisioterapia contribui com a orientação sobre os cuidados pessoais com a doença, assim como utiliza técnicas que garantem a segurança de procedimentos utilizados no tratamento dos sintomas, tanto no caráter hemodinâmico quanto metabólico.

Essas técnicas têm como objetivo ajudar na atenuação dos sintomas respiratórios, evitando o agravamento, mas também contribuem para a prevenção do comprometimento da parte motora e muscular do paciente.

Internação

Diversos pacientes com a doença passam pela internação, porém, sem a necessidade de terapia intensiva. Geralmente, são aqueles que apresentam sintomas moderados e precisam passar pela observação, a fim de se certificar de que o quadro não se agrave.

Entre as principais funções do fisioterapeuta nos casos de internação, podemos citar o acompanhamento da mobilização — muito indicada para pacientes que estão hospitalizados por Covid-19 —, da sedestação no leito, do apoio para o paciente se sentar na borda da cama, da cicloergometria e da caminhada.

Essas técnicas ajudam o paciente a manter a postura adequada, a fim de evitar ter os sintomas atenuados. Além disso, os fisioterapeutas atuam junto com uma equipe médica, que faz toda a avaliação dos parâmetros respiratórios, mantendo o controle e verificando se o paciente não precisa da ajuda de aparelhos de ventilação mecânica e auxílio respiratório. 

Cuidados na UTI

Em casos mais graves, é necessário que o paciente seja encaminhado para uma unidade de terapia intensiva. Nesse espaço, ele passa por procedimentos de oxigenoterapia, e a equipe especializada na área cardiorrespiratória utiliza os aparelhos adequados para manter a oxigenação sanguínea dentro dos padrões recomendados.

O fisioterapeuta, na UTI, acompanha o paciente até que seja possível realizar o desmame dos equipamentos de ventilação artificial, passando a respirar sozinho. Isso envolve um conjunto de testes de capacidade respiratória e técnicas de recuperação da mobilidade.

Qual a importância da Fisioterapia após a internação por Covid-19?

A ação da Fisioterapia durante a pandemia não fica restrita apenas à assistência dos pacientes internados. Após a internação, existe um forte trabalho para a recuperação da musculatura perdida e o fortalecimento muscular.

Muitos pacientes que passam por um longo período de internação apresentam fraqueza muscular, devido à quantidade de tempo sem movimentação. O profissional, ainda durante a hospitalização, faz o acompanhamento para identificar os exercícios mais adequados para cada pessoa, de acordo com a sua condição física.

Os exercícios visam: aumentar a amplitude de movimento articular (ADM), força e massa muscular periférica, a mobilidade para realização de transferências, melhorar o condicionamento    cardiorrespiratório e a independência funcional para favorecer as atividades da vida diária.

Como é feito o acompanhamento dos pacientes que tiveram alta?

Após a alta, os pacientes também podem precisar de cuidados fisioterapêuticos, pois algumas das consequências da Covid-19 interferem no desempenho físico. Treinos de marcha e exercícios para recuperar o movimento voluntário dos membros fazem parte do processo recomendado para a recuperação de indivíduos que sofreram sequelas por conta da doença ou do período de internação.

Além disso, mais um dos problemas do vírus é a sua capacidade de afetar outros sistemas do corpo, incluindo o sistema nervoso. Quando a doença traz também consequências psicomotoras, a ação do fisioterapeuta neurofuncional é essencial para a recuperação dos pacientes que tiveram alta.

Esse cuidado pode ser feito com atendimento presencial no home care, ou seja, em casa, seguindo todas as orientações da Organização Mundial da Saúde para a prevenção da infecção ou reinfecção pelo coronavírus. Contudo, para manter o distanciamento social, as práticas fisioterapêuticas também podem ser realizadas de forma remota, por meio do teleatendimento.

O Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO) deu autorização para que profissionais dessa área oferecessem atendimento clínico a distância durante a pandemia. Essa foi uma medida tomada para que tanto os fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais quanto os pacientes ficassem protegidos.

A relação entre Fisioterapia e pandemia tem recebido cada vez mais atenção, tendo em vista a importância dos profissionais dessa área no tratamento, na recuperação e na reabilitação de problemas respiratórios e motores de pacientes que tiveram Covid-19. 

Gostou deste post? Saiba que o atendimento remoto só é possível graças à aplicação da tecnologia na área da saúde. Quer ler mais sobre o assunto? Confira também nosso post sobre as tendências tecnológicas para a Fisioterapia!


 

Comentários

Posts relacionados

TODOS OS POSTS