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Especialização médica em geriatria: veja porque seguir nessa área

Especialização médica em geriatria: veja porque seguir nessa área e entenda como essa especialização pode alavancar a sua carreira de medicina.

Especialização médica em geriatria: veja porque seguir nessa área

De acordo com pesquisas recentes do IBGE, a projeção é que haja, aproximadamente, 66,5 milhões de pessoas acima dos 60 anos de idade até 2050, triplicando a quantidade atual. Isso significa que é preciso existir cuidados médicos específicos para tratar o idoso e suas peculiaridades como as doenças crônicas não transmissíveis que são mais prevalentes no público 60+, um dos muitos temas abordados na especialização médica em geriatria.

Esta área tem o objetivo de não só promover a saúde ao tratar, mas também prevenir doenças e suas complicações mais comuns na terceira idade. Afinal, se as previsões apontam um crescimento da população idosa, que irá demandar cada vez mais cuidados médicos, e de forma acelerada, uma vez que o envelhecimento do nosso país vem ocorrendo numa velocidade seis vezes mais rápida do que na Europa. Sendo assim, para que não haja uma sobrecarga no SUS e nos hospitais privados, é necessário contarmos com profissionais especializados em geriatria independente da especialidade que exerçam.

Então, você tem interesse pela especialização médica em geriatria e quer entender mais sobre o assunto? Continue conosco e tire suas dúvidas!

Em que consiste a especialização médica em geriatria?

Da mesma maneira que existem ramos na medicina especializados nos cuidados com as primeiras idades, como a pediatria, existem aqueles focados, exclusivamente, nos idosos, que são os pacientes acima de 60 anos no nosso país.

Isso porque existem problemas de saúde e doenças específicas e/ou mais prevalentes nessa faixa etária, como as síndromes demenciais, disfagias, instabilidade postural, incontinência e doenças crônicas não transmissíveis como diabetes mellitus, insuficiência coronariana, hipertensão arterial e osteoartrose dentre outras. As alterações fisiológicas próprias ao envelhecimento fazem com que as manifestações e os tratamentos específicos destas doenças exijam estudos e aperfeiçoamento médico para garantir uma melhor avaliação e sucesso na abordagem das mesmas neste público. 

Nesse sentido, é comum que muitos confundam a geriatria com a gerontologia — ambas as áreas atuam na promoção, prevenção e reabilitação de saúde da terceira idade. Porém, apesar dos dois ramos dialogarem entre si, enquanto a primeira é uma especialidade médica, a segunda se reserva ao estudo do envelhecimento por outras profissões sejam elas da área de saúde ou não.   

Assim, ao formarmos profissionais nesta área, é possível permitir um envelhecimento no país com maior qualidade de vida, diminuindo as chances do declínio funcional e dependência tão temidos pelos idosos, e contribuindo assim para que instituições públicas e privadas possam prestar melhor assistência aos idosos, reduzindo assim, sobrecargas do sistema de saúde.

Como atua o médico geriatra?

Para que o profissional atenda as particularidades desta população, é necessário iniciar com uma anamnese clínica própria, chamada de avaliação geriátrica ampla ou multidimensional, que aborda o idoso de forma holística abordando aspectos funcionais, cognitivos, psicológicos, sociais dentre tantos outros. Essa abordagem costuma incluir testes, e escalas, o que normalmente torna as consultas mais prolongadas para que o médico realize não só o diagnóstico, mas também o impacto funcional e na qualidade de vida, visando um plano terapêutico mais preciso.

A especialização médica em geriatria visa também oferecer noções de cuidados paliativos nos idosos portadores de doenças ameaçadoras de vida através do controle de sintomas e prevenção de danos e iatrogenias, visando minimizar todo tipo de sofrimento físico e espiritual.

Nesse sentido, os geriatras atuam em conjunto com outras especialidades, a chamada equipe multidisciplinar, como nutrição, terapia ocupacional, fisioterapia, fonoaudiologia, psicologia para atrelar uma maior qualidade de vida ao envelhecimento. 

Como é o mercado para o médico geriatra?

Conforme mencionado, à medida que a população vem envelhecendo, especialmente quando isso ocorre de forma rápida, se torna ainda mais necessário ter médicos especializados nesses cuidados. Tanto nos hospitais, como nos ambulatórios, atenção básica nas unidades de saúde da família, nas instituições de longa permanência para idosos, nos centros dia, além da necessidade de outras especialidades médicas estarem mais preparadas para tratar esse público no seu dia a dia. 

Alta empregabilidade

Como reflexo do envelhecimento da população, existe uma maior procura das instituições públicas e privadas pela especialização médica em geriatria. Isso quer dizer que não basta ter interesse no assunto, é preciso que o profissional seja capacitado em todos os aspectos do envelhecimento.

Áreas em alta

Além da procura por médicos geriatras, os enfermeiros, fisioterapeutas, dentistas, terapeutas ocupacionais, educadores físicos e até farmacêuticos, por fazerem parte do grupo que também pode proporcionar um melhor atendimento ao idoso, também podem ter alta oferta de empregabilidade. Esses devem procurar a pós-graduação específica de Gerontologia, também oferecida aqui na faculdade IDE.

Descentralização da especialidade

De acordo com o Conselho Federal de Medicina, 60% dos geriatras estão concentrados na região Sudeste, o que torna necessário uma maior quantidade de especialistas em outras regiões do país, como na região Nordeste e na região Norte, por exemplo no estado do Amazonas, em que existem um geriatra para 30 mil idosos — quando o ideal seria 1 para cada 1.000. Além disso há uma necessidade de que mais profissionais geriatras migrem para as cidades do interior, bastante carentes desta especialidade. 

Como é o curso de especialização médica em geriatria?

A formação na área pode ocorrer por meio de pós-graduação ou residências médicas, que nesse último caso, exige pré-requisito de dois anos de residência em clínica médica. Se a experiência for de três anos, há a possibilidade de especialização em áreas específicas, como cardiologia geriátrica e neuropsiquiatria geriátrica.

Em ambos os casos, residência ou pós-graduação, a duração máxima é de dois anos e conta com atividades práticas, da mesma maneira que ocorre em outras especialidades, como oncologia, neurologia etc.

Se você optar pela pós-graduação, vai se beneficiar com uma matriz curricular com vários conteúdos como:

  • Introdução à geriatria e seus conceitos iniciais; 

  • Avaliação multidimensional do idoso e seu impacto no gerenciamento do cuidado;

  • Aspectos fisiológicos do envelhecimento e apresentação atípica das doenças em geriatria;

  • Farmacogeriatria e geriatria preventiva;

  • Aspectos sociais do envelhecimento e modelos de políticas públicas, analisando a experiência brasileira;

  • Principais distúrbios neuropsiquiátricos em idosos;

  • Demências: a nova epidemia mundial? entendendo suas etiologias, diagnóstico e tratamentos;

  • Para além da doença de parkinson, os parkisonismos atípicos;

  • Desde as quedas, passando pela fragilidade, chegando na imobilidade e todas as suas consequências;

  • Atendimento nas urgências em geriatria / oncogeriatria: necessidade premente na saúde do idoso brasileiro;

  • Sexualidade do idoso: realidade ou utopia? / incontinência urinária e insuficiência renal crônica no idoso;

  • Cardiogeriatria e endocrinogeriatria: quais as suas peculiaridades mais relevantes;

  • Modelos de atenção ao idoso: do cuidado no domicílio a instituição de longa permanência para idosos;

  • Gerotecnologia e equipe multidisciplinar: entendendo o seu real papel e efetividade na saúde do idoso;

  • Desmistificando terminalidade e cuidados paliativos em geriatria;

  • Módulo de prática em instituição de longa permanência para idosos;

  • Módulo de prática em ambulatório de geriatria.

Carreira profissional

A especialização médica em geriatria capacita ainda, para um  atendimento de home care de qualidade por ser um grupo bastante prevalente nessa modalidade de atenção. Especialmente para pacientes que precisam de reabilitação ou paliação em doenças terminais. Assim, é possível oferecer um atendimento mais técnico e humanizado a todos os pacientes.

Salário

Após conseguir o título de especialista em geriatria, seja com a pós-graduação ou residência médica, de acordo com o site Salário, a renda média dos profissionais costuma ser em torno de R$ 6.404,58, tendo uma carga horária mensal de 24 horas.

A previsão é que após mais 10 anos de trabalho com a especialização médica em geriatria, o valor pago para quem trabalhar a mesma quantidade de horas seja 40% maior, totalizando, aproximadamente, R$ 10.674,00.

Se interessou pelo assunto? Na Faculdade IDE temos a especialização médica em geriatria ministrada por professores de renome nacional e internacional, e práticas em ambulatório e em ILPI, com aprendizado garantido através de discussão de casos reais. Assim, você adquire uma bagagem teórico-prática para atuar com idosos de diferentes idades e peculiaridades, visando a assistência de excelência tanto na prevenção como na promoção de saúde.

Quer saber mais sobre o nosso curso? Acesse o nosso site e tire todas suas dúvidas!

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