De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) em conjunto à Organização Mundial da Saúde (OMS), os Transtornos do Espectro do Autismo (TEA) referem-se a um grupo de condições caracterizadas por algum grau de alteração da interação social, comunicação e linguagem. Com prejuízos qualitativos associados a comportamento repetitivo de interesse, e atividades de repertório restrito, e estereotipado. Aparecem na infância e tendem a persistir na vida adulta. O nível de intelecto das pessoas afetadas pelo TEA varia de acordo com o caso, e frequentemente podem apresentar condições comórbidas, como ansiedade, hiperatividade, transtorno de deficit de atenção, e epilepsia. No artigo a seguir, apresentaremos a importância do tratamento adequado para indivíduos portadores de autismo, e a relevância da qualificação — por meio de especialização profissional — para lidar adequadamente com esses pacientes. Continue conosco para conferir!
Os sintomas do autismo são resultados de alterações complexas no funcionamento do cérebro, podendo ocorrer na vida uterina ou logo após o nascimento. O diagnóstico, feito na maioria das vezes no indivíduo ainda criança, causa impacto na dinâmica familiar, forçando-a a buscar intervenções terapêuticas adequadas, e inclusão em espaços que possam realizar acompanhamento eficiente com o portador. De acordo com a coordenadora do curso de pós-graduação "Transtorno do Espectro do Autismo com Ênfase na Intervenção Comportamental" da Faculdade IDE, Alessandra Sales:
"o autismo tem vários níveis, do mais leve aos mais graves. Os desafios dependem da dificuldade de cada um, alguns conseguem superar algumas barreiras da comunicação e desenvolvem melhor, outros chegam a ser não verbais. Esse nível vai impactar nas limitações do paciente".
Algumas das condições que podem estar associadas ao autismo, são:
Além dessas condições, indivíduo e família apresentam dificuldades diárias. Seja em conseguir se adaptar e desenvolver (paciente), ou em encontrar intervenção adequada para inseri-lo e torná-lo aceito na sociedade (família). O transtorno do autismo causa impactos na vida do paciente e no modo como ele reage ao tratamento. Por isso, seu atendimento deve ser personalizado por toda equipe multiprofissional, ressaltando suas necessidades individuais e baseando-se em conhecimentos específicos adquiridos por meio de especialização como pós-graduação. Dessa maneira, é possível estimular o paciente a explorar suas capacidades e adaptar-se às exigências. Por isso, é necessário que o profissional esteja qualificado para fornecer o melhor tratamento ao paciente.
Em geral, todas as crianças que apresentarem os transtornos do espectro do autismo vão precisar de tratamento. Profissionais como fonoaudiólogos, fisioterapeutas, pedagogos, terapeutas ocupacionais, psicólogos e educadores físicos, vão trabalhar a independência motora e estratégias que facilitem a aprendizagem, além da orientação aos pais e cuidadores. É recomendado que uma equipe multidisciplinar especializada avalie e desenvolva um programa de intervenção personalizado seguindo a mesma linha de pensamento. Atualmente a intervenção mais indicada é a ABA (Applied Behavior Analysis ou Análise do Comportamento Aplicada).
Essa intervenção tem como objetivo construir repertórios socialmente significativos, reduzir repertórios problemáticos e desenvolver habilidades. O perfil da criança é construído por meio de avaliações e, a partir dessas informações, desenvolve-se uma programação individual. Baseada na intervenção comportamental, são várias as técnicas e estratégias de ensino associadas a essa intervenção que têm se mostrado útil no contexto, incluindo tentativas discretas, ensino acidental, análise funcional e de tarefas. É importante que todos os ambientes em que a criança frequente, sigam a mesma linha de tratamento baseado no ABA. De acordo com a Associação de Amigos do Autista, além da Análise do Comportamento Aplicada, outros métodos de intervenção também são utilizados para promover o desenvolvimento social e cognitivo do portador de autismo.
O TEACCH (Treatment and Education of Autistic and Related Communication Handcapped Children ou Tratamento e Educação para Autistas e Crianças com Deficiências), é uma intervenção psicopedagógica que combina diferentes materiais visuais para organizar o ambiente de aprendizado da criança, de acordo com seu nível de compreensão. Utiliza rotinas e sistemas de trabalho, de maneira que o ambiente fique mais compreensível, tornando a criança mais independente possível e estimulando a relação de causa e efeito, incentivando a comunicação e respeitando a individualidade.
O método PECS (Picture Exchange Communication System ou Sistema de Comunicação por troca de figuras), utiliza comunicação alternativa por meio de figuras desenvolvidas especialmente para crianças com TEA. O objetivo é ensinar a criança a comunicar-se por troca de ilustrações de maneira espontânea, no contexto social, facilitando a comunicação dos portadores de autismo que não desenvolvem a linguagem falada.
Atualmente, com o tratamento correto, muitos dos sintomas do autismo podem ser diminuídos, melhorando a qualidade de vida do paciente. É necessário que o portador de TEA seja incluído pelos familiares, escolas e sociedade. Segundo Alessandra:
"?Os indivíduos com Autismo precisam ser incluídos pela escola, pelas famílias e pela sociedade. As pessoas precisam conhecer o Autismo para saber ajudar nos momentos necessários, cada indivíduo é único e tem suas peculiaridades".
Desta maneira, um portador de TEA poderá ter suas limitações trabalhadas com apoio e integração por aqueles que estão à sua volta, permitindo seu convívio e interação social.
O tratamento adequado melhora a qualidade de vida do paciente e também de seus familiares. Com profissionais qualificados que vão atuar diretamente nas limitações específicas de cada caso, o indivíduo recebe o diagnóstico e inicia o tratamento precocemente. A coordenadora acrescenta:
"A família também faz parte desse processo, ela tem que ser muito orientada e caminhar junto. A família que segue as indicações dos profissionais, torna-se um diferencial no desenvolvimento e evolução da criança".
Para as crianças portadoras de TEA o tempo é precioso e quanto antes uma intervenção direcionada for iniciada, melhores as chances de superar os limites do transtorno — de acordo com o nível do TEA — e conquistar independência.
Como citamos, o tempo de terapia vale ouro. Portanto, os pacientes precisam ser bem atendidos por profissionais capacitados e especializados, que conheçam as intervenções existentes e busquem melhorar as estratégias para os diferentes casos. Além disso, o conhecimento qualificado permitirá ao profissional oferecer melhores recursos não só aos pacientes, mas também aos familiares. Especialistas são capazes de oferecer as ferramentas necessárias para que os portadores de TEA superem as dificuldades, e tenham uma qualidade de vida melhor junto à família e à sociedade. Apesar de impor certas limitações, o autismo pode ser trabalhado por profissionais qualificados que auxiliem no desenvolvimento do paciente e orientação dos familiares. Você pôde perceber que a melhor maneira de lidar com indivíduos portadores de TEA, é investindo no crescimento profissional por meio de cursos de pós-graduação na área. A Faculdade IDE pode torná-lo especialista, capacitando-o para atuar frente às áreas específicas como o autismo e elevando sua carreira no mercado de trabalho. Por isso, entre em contato conosco hoje para se tornar um profissional diferenciado!
Categorias:carreira, multiprofissional
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