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Em dezembro de 2019, o mundo começava a se assustar com um inimigo desconhecido que tomou grandes proporções na China: o novo coronavírus. Não demorou para essa ameaça chegar por aqui, modificando hábitos e prejudicando diversos setores da economia. Uma das categorias que estão aprendendo a como trabalhar nesse período é a do profissional de educação física. Com as precauções para evitar o contato social e aglomerações, como fica a atuação nessa área? Sabemos que existe uma preocupação grande em adaptar esse trabalho, afinal a realização do exercício físico regular é questão de saúde. Para discutir melhor esse tema, preparamos este post. Então, se você é profissional de Educação Física e busca orientações de como exercer sua atividade, continue a leitura!
Até o dia 4 de julho de 2020, o Brasil registrava 1.543.341 de casos confirmados de Covid-19 e mais de 63 mil mortes. É um cenário que exigiu mudanças e todo um esforço da sociedade devido ao fácil contágio da doença. Com isso, teve início o isolamento social, para evitar, ao máximo, que as pessoas saiam de casa. Até porque muitos casos do novo coronavírus são assintomáticos, aumentando as chances da transmissão por pessoas que consideram estar sadias. No entanto, isso afetou a realização de atividades físicas. É uma questão complicada, porque ter essa rotina é importante para manter a saúde física e mental, visto que os exercícios combatem o ganho de peso, aumentam a imunidade, reduzem a ansiedade e ainda têm um papel essencial no controle das doenças crônicas. Então, o que fazer?
Quando não se sabia as consequências da pandemia no Brasil — ainda na época do registro dos primeiros casos — muita gente pensava que o isolamento social duraria por poucas semanas. Contudo, a curva de contágios só se intensificou, deixando os espaços, como comércio, academias, clubes e estúdios, fechados. Dessa maneira, foi preciso pensar em alternativas para que os profissionais de saúde, como os da Educação Física, Psicologia e Nutrição, pudessem continuar trabalhando. Então, entrou em cena a atuação remota dessas categorias.
O decreto federal 10.344, de 11 de maio de 2020 reconheceu a prática do exercício físico para a prevenção e promoção da saúde e incluiu as academias no rol das atividades essenciais na pandemia, garantindo seu funcionamento segundo algumas regras. Esses espaços passaram a exigir o uso de máscaras pelos alunos, a disponibilizar álcool em gel e a ter que controlar a quantidade de pessoas por vez para evitar aglomerações. Mas, mesmo com essa medida, muita gente ainda fica receosa de sair de casa, apesar de saber da necessidade de movimentar o corpo. Surgiu, então, a oportunidade de o profissional de Educação Física investir nas aulas online. Ele pode gravar a sequência de exercícios, explicando com exatidão como se dá a execução de cada movimento. Outra possibilidade é o atendimento em tempo real, no qual a orientação ocorre no momento em que o aluno faz a atividade. É tudo muito novo, mas pode ser um momento para o profissional que quer crescer no mercado, pois é possível alcançar pessoas de todo o Brasil e até de outros países com o trabalho remoto.
Nunca foi tão necessário o desenvolvimento de soft skills — habilidades ligadas ao nosso comportamento e postura no trabalho — como nesse período da Covid-19. Portanto, o profissional de Educação Física que quiser se destacar no mercado a partir de agora vai precisar se adaptar. É fundamental estar aberto a novos conhecimentos, buscando cursos para conseguir oferecer um diferencial, como uma especialização em Educação Física. [caption id="attachment_74906" align="aligncenter" width="728"] *Devido a pandemia do novo Coronavírus, as aulas teóricas estão acontecendo em EAD.[/caption] Os alunos estão distantes, portanto, é hora de sair da zona de conforto e aceitar o desafio de trabalhar utilizando a tecnologia. É o momento de fazer home office, aprender a lidar com equipamentos, programas e até de adaptar os exercícios para que o aluno possa fazer em casa, aproveitando todos os benefícios da atividade, mas sem o risco de lesões. O profissional precisa ainda melhorar a comunicação, de modo a passar os movimentos corretos e também para demonstrar empatia nessas transmissões online. Outro ponto é descobrir meios de como manter a produtividade na quarentena.
Também é o momento de ir além da sua atividade em si e descobrir como explorar o marketing na sua área, aproveitando o alcance e as funcionalidades das redes sociais e de outros recursos para divulgar seu trabalho. Assim, é possível conquistar um público mais amplo voltado às aulas virtuais ou orientação personalizada em tempo real.
Muita gente pode imaginar que essas adaptações são temporárias, mas é possível pensar que se abriu uma nova possibilidade de trabalho para o profissional de Educação Física. Ele vai continuar trabalhando em academias, estúdios, condomínios, clubes e outros locais, mas também poderá se voltar para a atuação remota, alcançando mais alunos e, consequentemente, aumentando sua remuneração.
Sabemos que existe a preocupação de pessoas mal-intencionadas utilizarem os canais digitais para orientar atividade física e desportivas sem ter formação na área, nem registro no conselho de classe. É algo muito perigoso e que traz um risco grande às pessoas, por isso os Conselhos Regionais de Educação Física estão intensificando a fiscalização na internet, especialmente nas redes sociais. É uma forma de proteger a profissão e também a sociedade. E nesse ponto ganha mais destaque a atuação de profissionais de Educação Física que vão se empenhar em fazer um trabalho de qualidade remoto. O objetivo é deixar as pessoas longe de golpistas na web e livre de riscos de realizar movimentos errados ou inadequados para sua condição de saúde. Estamos vivendo uma crise sem precedentes que tem afetado diversas carreiras por conta da necessidade do isolamento social. Mas é possível dar a volta por cima! O profissional de Educação Física pode se valer dos recursos digitais para orientar os alunos — mesmo a distância —, para que eles possam praticar atividades físicas e desportivas com segurança em suas casas. Manter-se atualizado também é importante para se destacar nesse mercado. Então, fique por dentro de 6 livros que todo profissional de Educação Física deveria ler!
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