A ciberterapia é uma das tendências mais promissoras para tratamento e reabilitação neuromotora e cognitiva. Considerada uma alternativa terapêutica eficaz, propõe uma metodologia menos invasiva se comparada às demais estratégias clínicas utilizadas. Além disso, os seus benefícios terapêuticos estão em ampla expansão, pois essa ferramenta ainda não atingiu o ápice das suas potencialidades. Cientistas e profissionais de saúde trabalham juntos para possibilitar diversos tipos de tratamentos por meio dessa técnica. Quer saber como a ciberterapia pode ajudar a tratar seus pacientes? Então, confira as informações deste post:
Disfunções motoras são decorrentes de traumatismos nas articulações e de problemas de contração muscular que dificultam os movimentos adequados. Essa inflamação causa dor constante e diminui a qualidade de vida dos pacientes. As causas são diversas e se relacionam com acidentes domésticos e automobilísticos até problemas progressivos de uma doença de base. As estratégias terapêuticas podem ser medicamentosas, com ênfase em analgésicos, anti-inflamatórios, relaxantes musculares e outras medicações indicadas para dor crônica de origem neuropática. Porém, a farmacoterapia isolada não traz os benefícios clínicos esperados, sendo necessária a instituição de fisioterapia direcionada ao fortalecimento os músculos para garantir a movimentação correta dos músculos. As consequências clínicas dos problemas motores vão desde a incapacidade de contração muscular até a atrofia dos músculos, causando uma sensação dolorosa intensa.
A reabilitação ósseo articular também pode ser feita com terapias consideradas alternativas, tais como:
A acupuntura é uma técnica que diminui gradativamente a dor muscular por meio da aplicação de agulhas em pontos específicos do corpo, propiciando a liberação de neurotransmissores com propriedades relaxantes e analgésicas. As massagens tendem a desfazer os nós musculares provenientes da inflamação desenvolvida em longo prazo e a diminuir a tensão do paciente. Os tipos de massagens variam conforme a doença e o perfil fisiopatológico do paciente. Todavia, o que se observa atualmente é a resistência por parte dos pacientes em utilizar medicamentos em longo prazo sem possibilidade de cura definitiva. Por isso, é importante implantar medidas para melhorar o quadro clínico.
A ciberterapia é uma opção promissora para tratamento de problemas clínicos. Com base em recursos tecnológicos diferenciados e em técnicas adequadas de sensibilização dos pacientes, é possível obter resultados significativos. Essa técnica utiliza a realidade virtual para simular acontecimentos ou situações que necessitam de mudanças comportamentais dos pacientes dentro de um ambiente controlado e monitorado por profissionais clínicos. Os resultados da ciberterapia já foram comprovados em pacientes que sofrem de problemas psiquiátricos. Indivíduos com diagnóstico de fobias, depressão e esquizofrenia entram em um ambiente virtual no qual ocorre a simulação de acontecimentos cotidianos. Ao adentrar nesse campo, os psicoterapeutas conduzem uma sessão de dessensibilização do indivíduo ao medo irracional que ele sente, com a segurança de poder paralisar todo o processo caso o paciente se sinta mal.
A ciberterapia para problemas motores parece ser uma opção viável de desenvolvimento. Isso porque, considerando o diagnóstico das lesões musculares dos pacientes, é possível investir em técnicas menos invasivas. Com a ajuda de fisioterapeutas, técnicos em informática e programadores virtuais, é possível criar jogos virtuais ou cenários de treinamentos para que os pacientes sejam estimulados a executar os movimentos desejados. É sabido que o movimento repetitivo e ritmado das sessões de fisioterapeuta deixam os pacientes entediados, e isso aumenta significativamente as taxas de abandono do tratamento preconizado. Então, se considerarmos um ambiente virtual interessante e atraente aos olhos dos pacientes, o tratamento será feito, e os resultados podem ser evidenciados em menor tempo se comparado às sessões fisioterápicas isoladamente. Além disso, a percepção dolorosa tende a ser bem menor, visto que a distração com os acontecimentos virtuais promove um esquecimento do incômodo. Isso já foi comprovado com a utilização da ciberterapia para vítimas de queimaduras graves. Os pacientes que se submetiam à troca de curativos devido a queimaduras de 3º grau eram distraídos por jogos virtuais e, com isso, o processo era mais rápido e menos doloroso.
Considerando os resultados já comprovados da ciberterapia para distúrbios psiquiátricos e a possibilidade de tratamento e reabilitação de problemas motores, são esperadas novas pesquisas científicas sobre esse assunto. Ademais, novos recursos tecnológicos possibilitarão descobertas clínicas importantes que previnam os danos musculares e que identifiquem e tratem precocemente as principais consequências clínicas em longo prazo. Assim, com o conhecimento e habilidades dos profissionais de saúde, alguns desenvolvidos em cursos de pós graduação, em explorar as nuances da ciberterapia, será plausível propiciar uma reabilitação muscular menos traumática, com técnicas inovadoras e menos invasivas.
Os benefícios esperados da ciberterapia se refletem, principalmente, na diminuição dos medicamentos analgésicos de uso crônico, que podem causar reações adversas, dependência ou não possibilitar melhora nenhuma. Adicionalmente, um ambiente virtual tende a causar excitação e motivação. O que pode contribuir para maior adesão ao tratamento, diminuição do absenteísmo e recuperação muscular em curto prazo. Todavia, como a ciberterapia ainda não foi implantada efetivamente nas unidades de saúde, é importante encontrar profissionais clínicos que estejam aptos e com domínio dessa ferramenta para não causar frustrações. Algumas cidades já oferecem esse tratamento e os resultados são observados em cada caso. A ciberterapia é uma atividade terapêutica em grande expansão. Além do mais, os seus resultados são surpreendentes para tratamento e controle de problemas psiquiátricos. Devido às potencialidades dessa técnica, vislumbra-se a possibilidade de utilizar os recursos virtuais para tratamento e reabilitação de pacientes com problemas motores. Vale lembrar que a ciberterapia não está amplamente implementada nas unidades de saúde, portanto, os indivíduos interessados devem recorrer a profissionais que apresentam os fundamentos da técnica e estejam aptos a realizá-la. E você, conhece alguém que já passou por sessões de ciberterapia? Gostou de conhecer estratégias terapêuticas diferentes no cuidado ao paciente? Então, assine a nossa newsletter e fique por dentro de novidades científicas de qualidade!
Categorias:carreira, fisioterapia
Cadastre seu e-mail para receber informativos e novidades sobre a faculdade e sobre os cursos.
Comentários