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7 mulheres incríveis que mudaram a Saúde no mundo

Conheça 7 mulheres incríveis que mudaram a Saúde no mundo. Psicóloga, psiquiatra, oftamologista, enfermeira e outras que lutaram pelo bem-estar da sociedade

7 mulheres incríveis que mudaram a Saúde no mundo

Quando se fala em inovação na história mundial, muitas mulheres fizeram parte de grandes feitos (seja como pioneira ou coautora), mas nem sempre suas histórias são conhecidas.

Aos poucos, isso tem mudado. Tem crescido o número de mulheres prestigiadas e reconhecidas em sua área de atuação, como também seus esforços e conquistas divulgados para o mundo.

É o caso de Katherine Johnson, Dorothy Vaughan e Mary Jackson que foram inspiração para o filme Estrelas além do tempo pelo incrível trabalho, força e abrir mais espaço para atuação de mulheres negras na NASA. Ou Marielle, negra, feminista e vereadora no Rio de Janeiro assassinada, que recentemente foi homenageada no desfile da Escola de Samba Mangueira.

E na área de Saúde, as mulheres também são destaque. Dignas de prêmio, inclusive Prêmio Nobel, elas viram a necessidade e fizeram a diferença no Brasil e no mundo.

1. Elizabeth Arden (1878-1966)

Entre as mulheres incríveis que mudaram a Saúde no mundo está Elizabeth Arden. Um símbolo de inovação e empreendedorismo, Elizabeth Arden era enfermeira e preocupada com os cuidados da pele e da beleza.

Nasceu no Canadá e seu nome era Florence Nightingale Graham. Formada em Enfermagem, ela começou suas pesquisas na cozinha ao buscar fórmulas de cremes contra queimaduras. Diferente das substâncias que os médicos da época usavam, Elizabeth desenvolvia loções com finalidade hidratante e nutritiva. A partir daí, mudou-se para Nova Iorque onde conheceu um químico e pôde aprimorar suas fórmulas. Mudou seu nome e replicou-o à sua marca.

Sua atuação como enfermeira e cuidados com os pacientes, combinados com sua dedicação e conhecimento, levou-a a criar as primeiras fórmulas de produtos de beleza. Sua empresa de cosméticos é uma das marcas mais conhecidas e influentes no mundo.

2. Nise da Silveira (1905-1999)

Nise da Silveira lutou pelo tratamento humanizado em manicômios no Brasil em uma época em que choques elétricos, lobotomia e confinamento eram vistos como solução para a loucura.

Formada pela Faculdade de Medicina de Salvador (sendo a única mulher de sua turma), Nise foi uma das primeiras médicas do Brasil. Especializou-se em Psiquiatria e Neurologia no Rio de Janeiro, cidade onde trabalhou na área psiquiátrica questionando, censurando e rejeitando os métodos de suposto tratamento da época. Devido suas atitudes, decidiram transferi-la de setor no Hospital em que trabalhava como forma de punição. Ela foi para o setor de Terapia Ocupacional, que era desvalorizado naquele tempo. Contudo, essa mudança foi um ponto forte para Nise pois ela pôde implementar a Terapia Ocupacional no tratamento psiquiátrico.

Nesse momento, Nise teve uma nova visão quanto às artes plásticas durante o tratamento de pacientes esquizofrênicos graves. Ela percebeu que, através das artes, o paciente tinha como se comunicar de forma não-verbal sobre suas emoções e seus próprios conflitos internos.

Nise da Silveira deixou um legado muito forte e importante para o Brasil e para o mundo.

3. Mamie Phipps Clark (1917-1983)

Durante a segregação racial nos Estados Unidos, Mamie Phipps Clark foi a primeira mulher negra a obter doutorado na Universidade de Columbia na área de Psicologia. Não somente por seu pioneirismo, ela também é uma das mulheres incríveis que mudaram a Saúde no mundo.

Mamie, preocupada com os problemas sociais da segregação no país, fez uma pesquisa com crianças negras de 3 a 7 anos estudantes em escolas segregadas. Usando bonecas brancas e negras, o resultado foi que crianças negras davam preferência pelas bonecas de pele clara, inclusive ao escolher atributos positivos (por exemplo, ao ser questionada qual das bonecas era a boneca “boa”).

Através desta pesquisa, Mamie concluiu sua tese mostrando que o preconceito, discriminação e segregação desde a infância, desenvolve na criança negra o senso de inferioridade e autodepreciação. Seu estudo foi usado como evidência no tribunal e Supremo Tribunal para provar os problemas psicológicos causados pela segregação. Mais do que isso, este teve papel fundamental para o fim da segregação racial em escolas públicas dos EUA.

4. Gertrude Belle Elion (1918-1999)

Gertrude Belle Elion foi uma das primeiras mulheres a ganhar o Prêmio Nobel em Fisiologia ou Medicina. Formou-se em química, mas aprofundou seu conhecimento em bioquímica, farmacologia, imunologia e virologia.

Suas descobertas farmacológicas teve início em seu trabalho como assistente de George H. Hitchings. Na época, eles trabalhavam em desenvolver fármacos baseados em conhecimentos de bioquímica e patologia, não somente em substâncias naturais. A partir daí, anos depois Gertrude Belle Elion começou suas pesquisas com purinas e pôde desenvolver o primeiro medicamento para tratamento da Leucemia. E não foi somente este. Elion também desenvolveu fármacos para tratamento de Malária, Gota, Herpes Viral e diversas outras patologias.

5. Carolina Martuscelli Bori (1924-2004)

Brasileira graduada em Pedagogia, Carolina Martuscelli Bori começou seus estudos em Psicologia ao ser convidada para ser professora assistente da disciplina de Psicologia que, na época, fazia parte da grade do curso de Filosofia. Foi seu primeiro passo para lutar pela Psicologia fosse consolidada como ciência e profissão no Brasil na década de 60.

Aprofundou seus conhecimentos ao fazer mestrado e doutorado em Nova Iorque e defendeu sua tese de doutorado no Brasil, na Universidade de São Paulo.

Junto à Associação Brasileira de Psicologia e Sociedade de Psicologia de São Paulo, Carolina Bori teve papel fundamental na regulamentação da profissão de psicólogo no país, além do decreto-lei que estabelece o currículo mínimo para poder se formar em Psicologia.

6. Patricia Bath (1945 - dias atuais)

Entre as grandes referências mundiais de Medicina Oftalmológica está Patricia Bath. Mulher negra, nasceu nos Estados Unidos e sempre teve o incentivo para estudar, principalmente de sua mãe.

Cursou Medicina em Howard University, fez estágio no Hospital Harlem e ganhou uma bolsa para estudar Oftalmologia na Universidade de Columbia. Nesse período, Patricia Bath desenvolveu uma pesquisa que apontava, naquela época, que negros tinham duas vezes mais chances de sofrer de cegueira do que o restante da população. Indo mais a fundo, eles também tinham oito vezes mais chances de desenvolver cegueira devido a glaucoma do que brancos. Em uma época em que ainda havia fortes marcas da segregação racial nos EUA, Bath pôde observar que negros e pobres tinham maior tendência a desenvolver problemas de visão devido à falta de tratamentos e diagnósticos.

Com o resultado dessa pesquisa, ela conseguiu mobilizar e promover um programa de extensão e envio de voluntários no intuito de atender a população mais vulnerável e permitir o cuidado da visão. E entre as conquistas mais importantes de Patricia Bath está a cirurgia de catarata através de laser. Uma prática muito mais rápida, precisa e segura, permitindo o tratamento em poucos minutos.

7. Françoise Barré-Sinoussi (1947 - dias atuais)

Françoise Barré-Sinoussi é uma virologista francesa que, junto ao colega Luc Montaigner, descobriu o vírus HIV. Com esta descoberta, os dois ganharam o Prêmio Nobel em Fisiologia ou Medicina.

A partir um trabalho voluntário de pesquisas em laboratórios no Instituto Pauster, em Paris, que Françoise Barré-Sinoussi começou suas pesquisas com retrovírus. Neste período, o projeto envolvia estudar a relação entre retrovírus e câncer em ratos. Foi o primeiro passo para seguir com um projeto de PhD na área e continuar suas pesquisas. E foi em 1982 que ela e Luc Montaigner começaram a pesquisar uma nova epidemia que, na época, parecia afetar homossexuais. Esta pesquisa os levou a um retrovírus em pacientes com glândulas linfáticas inchadas que atacavam os linfócitos, um leucócito presente no sangue de extrema importância para o sistema imunológico.

Desde a descoberta do vírus HIV, Barré-Sinoussi trabalha em busca de melhorar as condições de prevenção, cuidados e tratamento da AIDS, principalmente em países com ainda forte presença da doença.

Mulheres da Enfermagem, Psicologia, Medicina, Biomedicina, Nutrição, Fisioterapia e tantas outras áreas da Saúde lutaram e ainda lutam pelo seu espaço no mundo. Espaço no mercado de trabalho, de ter suas atuações reconhecidas e para fazer a diferença no mundo.

Essas 7 mulheres incríveis são poucas diante das grandes mulheres que mudaram a Saúde no mundo e continuam aperfeiçoando seus trabalhos, deixando um legado importante na história da humanidade.E você, conhece outras mulheres incríveis que mudaram a Saúde no mundo? Conta pra gente! E para estar sempre atualizado dos nossos conteúdos, segue a gente no Facebook e Instagram!

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